Brasil assina declaração conjunta que manifesta preocupação com mulheres afegãs
Da última vez que grupo governou país, de 1996 a 2001, mulheres não podiam trabalhar, sair de casa sem cobrir o rosto ou desacompanhadas de parentes homens


O Brasil é um dos signatários de uma manifestação conjunta de diversos países sobre a atual situação atual de mulheres e meninas no Afeganistão. A carta, publicada nesta quarta-feira (18), expressa “profunda preocupação” com mulheres e meninas afegãs diante da volta do Talibã ao Afeganistão.
“Estamos profundamente preocupados com as mulheres e as raparigas afegãs e com os seus direitos à educação, ao trabalho e à liberdade de circulação. Exortamos quem ocupa lugares de poder e autoridade no Afeganistão a garantir a sua proteção. As mulheres e raparigas afegãs, tal como todos os afegãos, merecem viver em segurança e com dignidade”, diz o comunicado.
Desde a ascenção do Talibã, mulheres não são mais vistas nas ruas de Cabul. O grupo islâmico, diz que irá respeitar os direitos das mulheres sob a ótica da lei islâmica. No entanto, já a relatos de que de professores já despediram de suas alunas mulheres na Universidade de Cabul. A ativista paquistanesa Malala Yousafzai afirmou, por meio das redes sociais, que está “profundamente preocupada com as mulheres afegãs, as minorias e os defensores dos Direitos Humanos”
Da última vez que grupo governou país, de 1996 a 2001, mulheres não podiam trabalhar, sair de casa sem cobrir o rosto ou desacompanhadas de parentes homens.
A carta assinada pelo Brasil e outros países defende ajuda humanitária e apoio às mulheres e meninas afegãs. “É necessário impedir todas as formas de discriminação e abuso. Na comunidade internacional, estamos dispostos a prestar-lhes ajuda humanitária e apoio, para garantir que as vozes delas possam ser ouvidas”, diz o comunicado.
“Acompanharemos com atenção o modo como serão garantidos, por qualquer futuro governo, os direitos e liberdades que se tornaram parte integrante da vida das mulheres e meninas no Afeganistão durante os últimos vinte anos”.
A declaração conjunta foi assinada pela Albânia, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Estados Unidos da América, Guatemala, Honduras, Macedónia do Norte, Noruega, Nova Zelândia, Paraguai, Salvador, Senegal, Suíça, Reino Unido e União Europeia.
Nesta segunda, o governo dos Estados Unidos, em declaração conjunta com mais 60 países, pediu que o Talibã garanta a partida segura de pessoas que queiram deixar o Afeganistão.