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    Bolsonaro, Kirchner, Maduro e candidato no Equador: relembre ataques recentes a políticos

    Assassinato de Fernando Villavicencio é o caso mais recente, mas nos últimos anos foram realizados diversos atentados contra autoridades

    Jair Bolsonaro, Cristina Kirchner e Nicolás Maduro já foram alvo de ataques
    Jair Bolsonaro, Cristina Kirchner e Nicolás Maduro já foram alvo de ataques Montagem CNN

    Da CNN

    candidato à presidência do Equador Fernando Villavicencio foi morto na quarta-feira (9) ao ser baleado enquanto deixava um comício político realizado no Anderson College em Quito, capital do país.

    Um dos suspeitos de assassinar Villavicencio foi morto em Quito na noite de quarta-feira (9), segundo o Ministério Público do país durante troca de tiros com seguranças. Outros seis foram presos.

    O ataque ao candidato à Presidência não é o único na história recente. Outras autoridades em diferentes partes do mundo já sofreram tentativas de homicídio ou foram, de fato, assassinadas enquanto assumiam um papel importante na política de seus países.

    • Jair Bolsonaro – Brasil 
    facada
    Bolsonaro foi atacado com uma faca em Juíz de Fora, em 2018 / Foto: Reprodução/ Jair Bolsonaro/Twitter

    Durante a campanha presidencial em 2018, o então deputado federal e candidato à Presidência Jair Bolsonaro, que à época estava no PSL, sofreu um atentado durante um comício que promovia sua campanha eleitoral Juiz de Fora (MG).

    Bolsonaro levou uma facada na região do abdômen e passou por várias cirurgias desde então.

    O autor do atentado, Adélio Bispo de Oliveira, foi preso em flagrante e transferido para um presídio em Campo Grande (MS) dois dias após o ato.

    Em junho de 2019, recebeu sua sentença, a absolvição imprópria –foi considerado culpado, mas impossibilitado de ser punido por conta de sua doença mental. Ele foi diagnosticado com transtorno delirante persistente.

    A Justiça autorizou a transferência de Adélio para uma instalação adequada para seu tratamento em março deste ano, após 18 meses de prisão.

    • Cristina Kirchner – Argentina

    A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, sofreu um atentado na porta de sua casa em Buenos Aires, em setembro de 2022. Quatro pessoas foram presas por suspeita de envolvimento no ataque, entre eles um homem brasileiro, identificado como Fernando André Sabag Montiel, de 35 anos, foi detido.

    Vídeos das pessoas que estavam na aglomeração ao redor da vice-presidente flagraram o momento em que um homem aponta a arma para a cabeça de Cristina e atira. Ela chega a levar as mãos para a cabeça, mas a arma falhou.

    Segundo o presidente da Argentina Alberto Fernández, a pistola .380, tinha cinco projéteis e não disparou apesar de ter sido acionada.

    • Shinzo Abe – Japão

    No dia 8 de julho de 2022, o ex-primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe morreu aos 67 anos após ser baleado durante um discurso na cidade de Nara, no oeste do país.

    A bala que atingiu Abe foi profunda o suficiente para atingir seu coração e ele chegou ao centro médico sem sinais vitais, afirmou um funcionário do hospital.

    O suspeito do ataque, um homem de 40 anos, foi preso no local. Um repórter da emissora no local disse que eles ouviram dois estrondos seguidos durante o discurso de Abe.

    Shinzo Abe foi o primeiro-ministro que mais tempo ocupou o cargo no Japão. O membro do Partido Liberal Democrático (LDP) teve dois governos: entre 2006 e 2007 e 2012 e 2020. Conservador, ele deixou o cargo em agosto daquele ano por motivos de saúde.

    • Jovenel Moise – Haiti

    O presidente haitiano Moise foi morto a tiros em julho de 2021 e sua esposa, Martine Moise, ficou gravemente ferida quando assassinos fortemente armados invadiram a residência do casal.

    Um cidadão haitiano-chileno se declarou culpado de acusações federais relacionadas ao seu envolvimento no assassinato e foi condenado à prisão perpétua.

    As autoridades disseram que dezenas de pessoas estiveram envolvidas no assassinato, incluindo 26 colombianos e dois haitianos-americanos. O suspeito colombiano Mario Palacios também foi extraditado para os EUA em 2022.

    • Iván Duque – Colômbia

    Em uma visita a uma área perto da fronteira Colômbia-Venezuela em junho de 2021, o helicóptero do presidente colombiano Duque foi atingido por várias balas.

    A aeronave pousou com segurança na cidade de Cúcuta, no estado de Norte de Santander, pelo equipamento de proteção do próprio helicóptero, segundo o presidente Iván Duque afirmou em vídeo nas redes sociais.

    As autoridades culparam ex-rebeldes das Forças Armadas Revolucionária da Colômbia.

    • Francia Márquez – Colômbia

    A agora vice-presidente da Colômbia Francia Márquez escapou por pouco em maio de 2019, antes de concorrer ao cargo, quando agressores lançaram uma granada e atiraram contra ela e outros ativistas ambientais.

    Em 2023, ela voltou a ser alvo de um atentado, quando , sua equipe de segurança encontrou mais de 7 quilos de materiais explosivos na entrada da residência de sua família.

    “Membros da minha equipe de segurança encontraram um artefato com mais de 7 quilos de material explosivo na estrada que leva à residência de minha família no povoado de Yolombó, em Suarez, Cauca.”

    No texto, ela afirma que o material foi destruído “de forma controlada” pela equipe antibomba do Ministério da Defesa Nacional, a Sijin.

    • Nicolás Maduro – Venezuela

    Em agosto de 2018, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, sofreu uma tentativa de assassinato ao ser atacado com drones. Enquanto Maduro discursava em um desfile militar na Avenida Bolívar, uma das principais vias da capital Caracas, o som de uma explosão dispersou civis e soldados.

    Câmeras capturaram imagens fragmentadas da confusão generalizada –fumaça subindo acima da cidade, uma formação de soldados se espalhando e guarda-costas saltando para proteger o presidente.

    Apenas mais tarde a investigação revelou que dois pequenos drones voando sobre o evento explodiram. Nenhum deles estava perto o suficiente para causar danos letais, embora sete membros da Guarda Nacional venezuelana tenham ficado feridos.

    Maduro, que ficou ileso, disse que achava que as explosões eram fogos de artifício.

    Um homem se apresentou como organizador do ataque, dizendo que foi perpetrado por um grupo de desertores do Exército venezuelano e outras pessoas. Em entrevista exclusiva à CNN, ele contou como eles se prepararam para o ataque e forneceu vídeos de celular de seus drones, explosivos e voos de treino nas fazendas rurais da Colômbia.

    (Publicado por Marina Toledo, com informações da Reuters)