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    Blinken: não podemos confirmar se armamento usado em Rafah é dos EUA

    Secretário de Estado comenta ataque de Israel que deixou pelo menos 45 mortos na Faixa de Gaza

    da CNN

    O secretário de Estado, Antony Blinken, disse nesta quarta-feira (29) que não poderia verificar se as armas fornecidas pelos EUA foram usadas por Israel em seu último ataque mortal em Rafah.

    Blinken disse aos repórteres durante uma visita à Moldávia que quais armas foram usadas e como foram usadas teriam que ser objeto de uma investigação sobre o ataque.

    Uma análise da CNN dos vídeos da cena e uma revisão por especialistas em armas encontradas no local, entretanto, mostra que as munições fabricadas pelos Estados Unidos foram usadas no ataque israelense ao acampamento para palestinos deslocados em Rafah.

    A CNN geolocalizou vídeos que mostram tendas em chamas após ataque no campo de deslocados conhecidas como “Kuwait Peace Camp 1.”

    Por meio de vídeo compartilhado nas redes sociais, a CNN geolocalizou na mesma cena a cauda de uma bomba de pequeno diâmetro GBU-39 feita nos EUA (SDB), de acordo com quatro especialistas em armas explosivas que analisaram as imagens para a CNN.

    O GBU-39, fabricado pela Boeing, é uma munição de alta precisão “projetada para atacar alvos de pontos estrategicamente importantes” e resultar em danos colaterais baixos, disse o especialista Chris Cobb-Smith à CNN.

    No entanto, “usar qualquer munição, mesmo desse tamanho, sempre pode acarretar em riscos em uma área densamente povoada”, disse Cobb-Smith, ex-oficial de artilharia do Exército Britânico.

    Casa Branca diz que ataque de Israel em Rafah é “desolador”

    Na segunda-feira, (27), um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos classificou o ataque como “desolador”.

    Ele pontuou que os EUA estão se “envolvendo ativamente” com autoridades em Israel para determinar exatamente o que aconteceu.

    “As imagens devastadoras após o ataque das FDI [Forças de Defesa de Israel] em Rafah, que matou dezenas de palestinos inocentes, são desoladoras”, disse o porta-voz, que não foi identificado, em um comunicado.

    (Com informações da Reuters)

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