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    Blinken e Lavrov participam de reunião de segurança na Europa

    Guerra na Ucrânia deve ser tema central das discussões do encontro da OSCE

    François MurphyRaju Gopalakrishnanda Reuters

    O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e o secretário de Estados dos EUA, Antony Blinken, devem discutir sobre a guerra na Ucrânia nesta quinta-feira (5), em uma reunião anual da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), em Malta.

    Apesar do tema guerra na Ucrânia ser dominante, a reunião também deve aprovar formalmente acordos feitos de última hora que abrangem questões como cargos de alto escalão na OSCE.

    Onde as potências ocidentais acusam frequentemente a Rússia de desrespeitar os direitos humanos e outras normas internacionais.

    Mas a decisão anual mais importante da organização – qual país será o próximo a ocupar a presidência rotativa anual – já está definida.

    A Finlândia assumirá no 50º aniversário da Ata Final de Helsinque, que estabeleceu as bases da atual OSCE.

    O encontro de ministros das Relações Exteriores e outras autoridades de 57 estados participantes da América do Norte, Europa e Ásia Central foi ofuscado este ano pelo retorno do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, cujos assessores estão apresentando propostas para acabar com a guerra que cederia grande parte da Ucrânia à Rússia.

    Com a posse de Trump se aproximando, as potências ocidentais planejam reiterar seu apoio à Ucrânia, enquanto a Rússia provavelmente renovará suas críticas à organização.

    Lavrov afirmou no ano passado que a organização estava “sendo essencialmente transformada em um apêndice da Otan e da União Europeia”.

    Esta é a primeira viagem do ministro russo à União Europeia desde que a Rússia lançou uma invasão em grande escala à Ucrânia em fevereiro de 2022.

    A OSCE é a sucessora de uma organização criada durante a Guerra Fria para que o leste e o oeste se relacionassem entre si. Porém, nos últimos anos, e especialmente desde a invasão, o governo russo tem usado o que é efetivamente um veto que cada país tem para bloquear decisões importantes, muitas vezes prejudicando a organização.

    Este ano, no entanto, os países que estão bloqueando o acordo sobre o orçamento da OSCE são a Armênia e o Azerbaijão, e não a Rússia, relataram diplomatas, devido a questões relacionadas ao conflito no território disputado de Nagorno-Karabakh.

    Diplomatas contam que nesta semana um acordo foi firmado para preencher os quatro cargos seniores da OSCE, incluindo o de secretário-geral, que será ocupado por Feridun Sinirlioglu, da Turquia, que foi ministro das Relações Exteriores em um governo interino em 2015.

    Entenda a Guerra entre Rússia e Ucrânia

    A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin. Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada.

    A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.

    Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.

    As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.

    O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.

    A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.

    O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.

    O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.

     

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