Biden volta a chamar Putin de “criminoso de guerra” após imagens de Bucha
Falando a repórteres no desembarque de volta aos EUA, presidente americano reafirmou o apoio bélico à Ucrânia
Na segunda-feira (4), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chamou as atrocidades cometidas pela Rússia e pelo presidente Vladimir Putin em Bucha, na Ucrânia, de “crime de guerra”, mas disse que não foi um genocídio, acrescentando que está analisando mais sanções à Rússia.
“Vocês devem se lembrar que fui criticado por chamar Putin de criminoso de guerra. Bem, a verdade é que vocês viram o que aconteceu em Bucha”. Isso garante que ele é um criminoso de guerra. Mas temos que reunir as informações”, disse Biden sobre as investigações e novas medidas contra a Rússia.
“Temos que continuar fornecendo à Ucrânia as armas de que eles precisam para continuar a luta e temos que obter todos os detalhes para que isso possa ser real – ter um julgamento por crime de guerra. Esse cara é brutal e o que está acontecendo em Bucha é ultrajante e todo mundo viu”, disse Biden a repórteres ao desembarcar em Washington.
Questionado se os crimes cometidos em Bucha justificam a situação de genocídio, Biden disse a repórteres: “Não, acho que é um crime de guerra.”
Biden também disse que estava “buscando mais sanções” e as anunciaria em breve.
A Rússia nega que seja responsável pelo massacre na cidade e vê campanha de desinformação e mentiras por parte da Ucrânia. Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a cronologia dos fatos e das imagens da cidade não sustentam a versão ucraniana. O Kremlin alega que as forças russas deixaram a cidade dias antes dos corpos aparecerem.
O presidente americano já havia chamado seu colega russo de criminoso em outras oportunidades, gerando reações do Kremlin mas também de países aliados.
Para o presidente francês, Emmanuel Macron, a “adjetificação” de Putin não é o melhor caminho: “estou conversando com ele, tentando parar essa guerra.“