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    Biden sanciona projeto provisório de financiamento para evitar paralisação do governo dos EUA

    Medida manterá administração federal funcionando até 17 de novembro; presidente pediu para que o Congresso consiga chegar a um acordo para um novo projeto de financiamento mais amplo

    Joe Biden sanciona projeto que evita paralisação do governo dos Estados Unidos
    Joe Biden sanciona projeto que evita paralisação do governo dos Estados Unidos Reprodução/Twitter Joe Biden

    Clare ForanHaley TalbotAnnie GrayerLauren FoxMelanie Zanonada CNN

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou um projeto de lei provisório para evitar a paralisação do governo do país. A medida acontece poucos momentos antes do prazo para que o financiamento para órgãos federais acabasse.

    “Acabei de assinar uma lei para manter o governo aberto [funcional] durante 47 dias. Há muito tempo para aprovar projetos de lei de financiamento do governo para o próximo ano fiscal, e peço veementemente ao Congresso que comece a trabalhar imediatamente”, disse Biden em uma postagem no X (anteriormente conhecido como Twitter).

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    “O povo americano espera que o seu governo funcione. Vamos garantir que isso aconteça”, complementou. Na publicação também há uma foto do momento em que assinou o projeto.

    O Senado aprovou a medida no sábado (30) à noite, depois que a Câmara aprovou, no início do dia, um projeto de lei bipartidário para estender o financiamento do governo, após dias de incerteza sobre se conseguiriam chegar a um acordo para evitar a paralisação.

    A medida manterá o governo funcionando até 17 de novembro, e inclui financiamento para desastres naturais, mas não para a Ucrânia ou para a segurança das fronteiras, por exemplo.

    O projeto também inclui uma medida para manter operacional a Administração Federal de Aviação.

    Senado aprova resolução para evitar paralisação

    O presidente da Câmara dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, anunciou a medida provisória na manhã de sábado (30), após semanas de brigas internas entre os republicanos da Casa e um esforço fracassado para aprovar um projeto provisório do Partido Republicano na Câmara.

    Lá, o projeto foi aprovado com uma votação esmagadoramente bipartidária.

    A decisão de McCarthy de apresentar um projeto de lei que ganharia o apoio dos democratas pode colocar em risco seu cargo de porta-voz dos republicanos na Casa, já que os conservadores de linha dura continuam a ameaçar abrir uma votação para destituí-lo do cargo de liderança da Câmara.

    McCarthy foi incisivo após a votação, desafiando os colegas de partido a tentar expulsá-lo, enquanto argumentava que fez o que era necessário para governar com eficácia.

    “Se alguém quiser apresentar uma moção contra mim, apresente-a”, disse McCarthy a Manu Raju, da CNN, em entrevista coletiva.

    “Tem que haver um adulto na sala. Vou governar com o que for melhor para este país”, advertiu.

    McCarthy sofreu uma forte derrota na sexta-feira (29), quando a Câmara não conseguiu avançar com um último projeto de lei provisório do Partido Republicano.

    O fato aumentou a pressão sobre ele para decidir se tentaria trabalhar com os democratas para manter o governo funcionando, mesmo que corresse o risco de uma reação dos conservadores.

    Ação e reação

    Espera-se que a linha dura acabe propiciando uma votação para remover Kevin McCarthy do cargo de presidente da Câmara, mas isso não deve ocorrer imediatamente, de acordo com um legislador republicano.

    A Câmara está em recesso até segunda-feira (2), por isso é o mais cedo que isso pode acontecer. Assim, a liderança teria dois dias para agendar a votação.

    A votação para aprovar o projeto de lei na Câmara ocorreu depois de algumas horas caóticas, quando os republicanos se reuniram durante a manhã de sábado, em dúvida entre as opções sobre como proceder.

    Integrantes do partido pressionaram para apresentar uma resolução de curto prazo para manter o financiamento do governo no plenário da Câmara para votação no sábado.

    O Senado vinha trabalhando para promover seu próprio projeto provisório bipartidário e estava no caminho para realizar uma votação processual na tarde de sábado.

    Porém, isso foi suspenso depois que a Câmara agiu rapidamente para aprovar a extensão do financiamento no curto prazo – e os senadores se uniram em torno do projeto de lei aprovado pela outra Casa.

    Os republicanos da Câmara “jogaram água fria” no projeto de lei do Senado, e o senador republicano Rand Paul prometeu durante toda a semana retardar esse processo além do prazo da meia-noite (quando o governo não teria mais verba para diversos órgãos) devido a objeções contra ajuda à Ucrânia incluídas no projeto de lei do Senado.

    Ainda assim, Paul disse à CNN na tarde de sábado que não iria desacelerar a análise do Senado sobre o projeto de lei de gastos aprovado pela Câmara.

    Uma paralisação poderia ter impactos em todo o país, desde as viagens aéreas até a água potável, e muitas operações governamentais seriam interrompidas – embora os serviços considerados essenciais para a segurança pública continuassem.

    *Manu Raju e Betsy Klein, da CNN, contribuíram para esta reportagem

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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