Biden instrui governo a liberar até US$ 350 milhões em assistência à Ucrânia
Dinheiro será enviado para "apoio imediato à segurança e defesa da Ucrânia"
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, instruiu o secretário de Estado, Antony Blinken, a liberar até US$ 350 milhões em apoio imediato à segurança e defesa da Ucrânia, de acordo com um novo memorando divulgado pela Casa Branca na sexta-feira (25).
Este é o terceiro saque de dinheiro; pedidos anteriores foram de US$ 60 milhões e US$ 250 milhões, colocando o total no ano passado em mais de um bilhão de dólares, de acordo com um funcionário do governo.
Espera-se que o Departamento de Estado emita seu próprio comunicado com mais detalhes em breve.
Esta liberação ocorre após uma ligação de 40 minutos entre Biden e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky na sexta-feira, durante a qual eles discutiram “assistência concreta de defesa”.
Entenda o conflito
Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer de quinta-feira (24), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país – acompanhe a repercussão ao vivo na CNN.
Horas antes, o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).
O que se viu nas horas a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev.
De acordo com autoridades ucranianas, dezenas de mortes foram confirmadas nos exércitos dos dois países.
Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”.
O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira. Esse ataque ao ex-vizinho soviético ameaça desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.
A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país. Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não tiveram êxito.
A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.
(Com informações de Sarah Marsh e Madeline Chambers, da Reuters, e de Eliza Mackintosh, da CNN)