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    Biden diz que Putin ‘pagará preço’ por interferência em eleição dos EUA

    Relatório de inteligência apresentado na terça-feira (16) reforçou alegações de que presidente russo estava por trás da tentativa de favorecer Donald Trump

    Da CNN, em São Paulo

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quarta-feira (17) que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, enfrentará consequências por direcionar esforços para manipular a eleição presidencial de 2020 nos EUA em favor de Donald Trump.

    “Ele pagará um preço”, disse Biden à ABC News em entrevista que foi ao ar nesta quarta-feira. Indagado quais seriam as consequências, ele respondeu: “Você verá em breve”.

    Seus comentários foram feitos depois que um relatório da inteligência dos EUA, apresentado na terça-feira (16), reforçou as antigas alegações de que Putin estava por trás da tentativa de interferência de Moscou nas eleições, uma acusação que a Rússia chamou de infundada.

    Ao mesmo tempo, Biden observou que “há lugares em que é do nosso interesse mútuo trabalharmos juntos”, como a renovação do acordo nuclear START, acrescentando que os dois líderes têm uma história.

    Biden, prometeu medidas contra Putin por tentativa de interferência em eleição
    Presidente dos EUA, Joe Biden, prometeu medidas contra Putin por tentativa de interferência em eleição
    Foto: Tom Brenner – 12.mar.2021/Reuters

    “Eu o conheço relativamente bem”, disse Biden, acrescentando que a coisa mais importante em lidar com líderes estrangeiros é “conhecer a outra pessoa”.

    Biden disse achar que o líder russo não tenha alma. Questionado se achava que Putin era um assassino, ele disse à ABC: “Eu acho.” 

    O relatório norte-americano

    A avaliação sobre a possível interferência russa foi feita em um relatório de 15 páginas publicado pelo gabinete do diretor de Inteligência Nacional do país. 

    O documento ressalta alegações de que aliados de Trump atuaram em consonância com Moscou ao amplificarem acusações feitas contra Biden por figuras ucranianas ligadas à Rússia no período que antecedeu a votação do dia 3 de novembro.

    Agências de inteligência dos Estados Unidos encontraram outras tentativas de influenciar eleitores, incluindo uma “campanha de influência e abordagem múltipla” conduzida pelo Irã para sabotar o apoio a Trump, que havia retirado os EUA de um acordo nuclear com o país islâmico e imposto a seu governo novas sanções. 

    O relatório também desmentiu uma narrativa endossada pelos aliados de Trump de que a China estaria interferindo em benefício de Biden, concluindo que o governo de Pequim “não organizou iniciativas de interferência”. 

    “A China buscou estabilidade em sua relação com os Estados Unidos e não enxergou que um determinado resultado fosse vantajoso o suficiente para arriscar uma represália caso fosse pega”, diz o documento. 

    Autoridades norte-americanas também dizem que houve tentativas vindas de Cuba, Venezuela, e do grupo militante libanês Hezbollah para tentar influenciar a eleição, embora “de maneira geral, avaliamos que essas foram menores em escala do que as conduzidas por Rússia e Irã”.

    (Com informações da Reuters)

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