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    Biden diz que Ômicron não é para pânico e defende vacinação no mundo todo

    Segundo o presidente dos EUA, o país vai conseguir afirmar "em algumas semanas" se as vacinas disponíveis atualmente são eficazes contra a variante

    João de Marida CNN , Em São Paulo

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta segunda-feira (29) que a variante Ômicron não é para pânico, mas sim preocupação. Em entrevista coletiva, ele defendeu a vacinação contra a Covid-19 no mundo todo como melhor solução para combater a nova cepa.

    “Essa variante é caso para preocupação, mas não pânico. Temos as melhores vacinas do mundo, melhores medicamentos e cientistas, aprendemos a cada dia e vamos combater essa variante com ciência e conhecimento, não caos e confusão”, disse.

    “A melhor proteção contra essa variante ou qualquer outra é tomar a vacina e também a dose de reforço. A maior parte dos americanos tomou a vacina, mas não tomou a dose de reforço. Se você tem mais de 18 anos e já for sua hora não espere, vá se vacinar. Se ainda não tiverem vacinados, agora é a hora de levar as crianças para se vacinar”.

    Segundo Biden, os EUA vão conseguir afirmar “em algumas semanas” se as vacinas contra o novo coronavírus disponíveis atualmente são eficazes contra a variante Ômicron.

    “Em algumas semanas saberemos mais sobre a proteção da vacina para essa variante. Anthony Fauci [principal especialista em doenças infecciosas dos EUA] esteve comigo ontem, e acreditam que a vacina será eficaz contra doença grave”, contou Biden.

    O presidente norte-americano afirmou anida que se as vacinas atuais não combaterem a variante Ômicron, os EUA “vão desenvolver outros imunizantes”.

    “Use máscara em lugares fechados para proteger a si mesmo e as pessoas ao seu redor. No caso de que as vacinas não combatam essa variante, desenvolveremos outras vacinas. Mas até agora pelo que sabemos são eficazes”.

    Durante coletiva, Biden ressaltou que a situação atual em relação à pandemia nos EUA é “bem diferente” se comparado com dezembro de 2020, pois há uma grande parcela da população norte-americana vacinada.

    “Quase menos de 1% estavam vacinados em 2020, agora temos mais de 71%, assim como 86% dos idosos. No natal passado, as crianças não tinham vacinas. Hoje, mais de 19 milhões de crianças estão vacinadas. Agora temos doses de reforço. São gratuitas. Ainda dá tempo de tomar”, disse.

    “Precisamos vacinar o mundo todo para combater a pandemia. Enviamos mais vacinas do que qualquer outro país no mundo combinado. Cerca de 275 milhões de doses. Precisamos que o restante do mundo também compartilhe”.

    Alerta da OMS

    O diretor-adjunto da Opas/OMS (Organização Pan-Americana da Saúde, um braço da Organização Mundial da Saúde), Jarbas Barbosa, afirmou à CNN nesta segunda-feira (29) que “enquanto houver baixa vacinação, o vírus circulará sem controle”.

    Segundo ele, a baixa vacinação em alguns dos países mais pobres do mundo é um perigo para toda a população mundial, e isso está relacionado à concentração de vacinas em países desenvolvidos.

    “Enquanto deixarmos continentes e países com baixíssima cobertura vacinal, o vírus circulando sem controle, isso pode levar ao surgimento de novas variantes”, afirmou Barbosa.

    Mesmo a África do Sul, um dos países mais desenvolvidos do continente, enfrenta problemas para garantir acesso aos imunizantes.

    “A África do Sul, país que mais vacina na África, atingiu mais de 23% da sua população completamente vacinada”, completa o diretor da entidade.

    Um levantamento feito pela OMS e comentado nesta segunda-feira pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, apontou que mais de 80% das vacinas estão concentrados em países ricos.

    “Mais de 80% das vacinas mundiais foram para países do G20; países de baixa renda, a maioria deles na África, receberam apenas 0,6% de todas as vacinas”, afirmou Tedros em sua conta no Twitter.

    O que se sabe sobre a Ômicron

    A cepa foi relatada pela primeira vez à OMS pela África do Sul no dia 24 de novembro. A situação epidemiológica no país mostrou três picos distintos de casos de Covid-19, sendo o último predominantemente pela variante Delta.

    Nas últimas semanas, as infecções aumentaram de forma abrupta, coincidindo com a detecção da nova variante. De acordo com a OMS, o primeiro caso de Covid-19 confirmado conhecido foi de uma amostra coletada em 9 de novembro de 2021.

    “Esta variante apresenta um grande número de mutações, algumas das quais preocupantes. A evidência preliminar sugere um risco aumentado de reinfecção com esta variante, em comparação com outras variantes de preocupação”, informou a OMS em um comunicado.

    (*Com informações de Raphael Coraccini, da CNN, em São Paulo)

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