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    Biden diz que Netanyahu pode estar prolongando guerra por objetivos políticos

    Presidente dos Estados Unidos também disse ser “incerto” se as forças israelenses cometeram crimes de guerra em Gaza

    Doina Chiacuda Reuters

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que o líder israelense Benjamin Netanyahu pode estar protelando o fim da guerra em Gaza por razões políticas, de acordo com uma entrevista à revista Time divulgada na terça-feira (4).

    Os comentários na entrevista de 28 de maio foram feitos poucos dias antes de Biden detalhar uma proposta de cessar-fogo em Gaza, e enquanto o primeiro-ministro israelense luta com profundas divisões políticas internas.

    Questionado se achava que Netanyahu estava prolongando a guerra pelas suas próprias razões políticas, Biden disse: “Há todos os motivos para as pessoas tirarem essa conclusão”.

    Biden, que tem pressionado pelo fim da guerra de quase oito meses, também disse ser “incerto” se as forças israelenses cometeram crimes de guerra em Gaza.

    No mês passado, o procurador do Tribunal Penal Internacional em Haia solicitou mandados de prisão para Netanyahu e o seu chefe de defesa, bem como para três líderes do Hamas, por alegados crimes de guerra.

    Israel lançou uma ofensiva aérea e terrestre em Gaza em outubro do ano passado, prometendo destruir o grupo islâmico palestino Hamas depois que este atacou dentro de Israel, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo mais de 250 reféns, segundo registros israelenses. Cerca de 120 reféns permanecem em Gaza.

    O ataque israelense matou mais de 36 mil pessoas em Gaza, segundo as autoridades de saúde locais, que afirmam que mais milhares de corpos estão enterrados sob os escombros.

    As pesquisas de opinião mostram que a maioria dos israelenses apoia a guerra, mas culpam Netanyahu pelas falhas de segurança quando homens armados do Hamas atacaram comunidades israelenses perto de Gaza em 7 de outubro, e votariam contra ele se houvesse eleições.

    Os protestos de rua em massa tornaram-se eventos semanais, atraindo dezenas de milhares de pessoas exigindo que o governo faça mais para trazer para casa os reféns capturados pelo Hamas em 7 de outubro e pedindo a saída de Netanyahu.

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