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    Bélgica investiga interferência russa na eleição da União Europeia

    Parlamento do bloco será renovado em junho; belgas afirmam que Moscou quer promover candidatos pró-Kremlin para favorecer ganhos na guerra da Ucrânia

    Bandeiras da União Europeia do lado de fora da Comissão Europeia, em Bruxelas
    Bandeiras da União Europeia do lado de fora da Comissão Europeia, em Bruxelas 14/07/2021 REUTERS/Yves Herman

    Inti Landauroda Reuters

    em Bruxelas

    Procuradores belgas estão investigando possíveis interferências russas nas próximas eleições para o Parlamento Europeu após conclusões fornecidas pelos serviços de inteligência, disse o primeiro-ministro Alexander De Croo nesta sexta-feira (12).

    Ele disse que os investigadores descobriram que os grupos russos estão se intrometendo nas eleições europeias para promover candidatos pró-Rússia e, assim, enfraquecer o apoio europeu para a Ucrânia contra a invasão russa, que já dura mais de dois anos.

    “O objetivo é ajudar a eleger candidatos mais pró-russos para o Parlamento Europeu e reforçar uma certa narrativa pró-russa nessa instituição”, disse De Croo a repórteres.

    “O enfraquecido apoio europeu à Ucrânia serve a Rússia no campo de batalha”, disse ele.

    De Croo disse que a investigação belga foi lançada depois que as autoridades tchecas encontraram agentes pró-russos ativos em Bruxelas buscando influenciar e até mesmo pagar os legisladores europeus para promover uma agenda pró-russa.

    Os pagamentos em dinheiro não teriam sido feitos na Bélgica, embora a interferência tenha ocorrido lá, disse ele.

    As nações ocidentais acusaram repetidamente os agentes russos de usar as mídias sociais e a internet para espalhar informações falsas ou enganosas para prejudicá-los, promover a Rússia ou tentar influenciar as campanhas eleitorais da opinião pública.

    As autoridades russas negaram repetidamente as acusações.

    Antes das eleições europeias de junho, partidos que criticaram o apoio da UE à Ucrânia, como o francês Rassemblement National, o austríaco Freedom Party e o alemão AfD, devem ganhar mais votos do que há cinco anos.

    De Croo disse que pediu uma reunião urgente da Agência da União Europeia para a Cooperação Criminal e Justiça (Eurojust) para discutir este assunto, e sugeriu que o OLAF, o escritório antifraude da UE, deveria processar o caso.

    “Temos uma responsabilidade e nossa responsabilidade é defender que o direito de todos os cidadãos a um voto livre e seguro possa ser mantido”, disse ele.