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    Belarus se prepara para se unir à Rússia na invasão, diz inteligência da Ucrânia

    Em um sinal da crescente turbulência na região, EUA anunciam suspensão das operações de sua embaixada em Belarus

    Da CNN* , em Washington

    Um funcionário do governo ucraniano disse à CNN que a inteligência ucraniana indica a prontidão da Belarus para talvez participar diretamente na invasão da Ucrânia, além de permitir que os russos usem seu território e deixá-los cruzar a fronteira.

    Uma segunda fonte próxima ao governo ucraniano disse à CNN que, além da inteligência ucraniana, o governo do presidente americano Joe Biden também transmitiu ao governo ucraniano que Belarus está se preparando para se juntar à invasão russa.

    Até agora, no entanto, as autoridades dos EUA não viram as tropas de Belarus “sendo preparadas para entrar na Ucrânia” ou “que estão se movendo ou estão na Ucrânia”, disse um alto funcionário da Defesa dos EUA a repórteres nesta segunda-feira (28), acrescentando que as forças dentro da Ucrânia são russas.

    A possível participação de Belarus na invasão despertou uma nova preocupação no governo Biden. 

    Um alto funcionário do governo disse que a Casa Branca está observando de perto as ações tomadas por Belarus e está preparada para impor mais sanções ao país. 

    Em um sinal da crescente turbulência na região, os EUA anunciaram hoje que estavam suspendendo as operações em sua embaixada na Belarus.

    O jornal “Washington Post” informou também que Belarus estava se preparando para enviar soldados para a Ucrânia, citando um funcionário do governo dos EUA. A Casa Branca se recusou a comentar. 

    A CNN entrou em contato com o Departamento de Estado dos EUA para comentar, mas ainda não obteve resposta.

    Foi encerrado sem acordo o primeiro encontro entre delegações diplomáticas de Ucrânia e Rússia, que se reuniram na região da fronteira com Belarus, nesta segunda-feira (28), para discutir um possível cessar-fogo.

    ‘Se for necessário’

    “Nossas tropas não estão participando de forma alguma desta operação. Não vamos nos justificar aqui sobre nossa participação ou não participação neste conflito. Repito mais uma vez. Nossas tropas não estão lá, mas se for necessário, se Belarus e a Rússia precisam deles, eles estarão lá”, disse o presidente de BelarusAleksander Lukashenko por meio da agência de notícias estatal Belta.

    Enquanto isso, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky apelou aos bielorrussos como “vizinhos”, no domingo.

    “Belarus, este é um referendo para vocês também. Vocês decidem quem são e quem se tornar. Como vocês olhariam nos olhos de suas crianças. Como vocês olhariam nos olhos uns dos outros. Nos olhos do seu vizinho. E nós somos seus vizinhos”, disse.

    O gabinete de Zelensky disse que Lukashenko ligou para o presidente ucraniano no domingo para discutir a reunião de segunda-feira.

    “Os políticos concordaram que a delegação ucraniana se reunirá com a delegação russa sem pré-condições na fronteira ucraniana-bielorrussa, perto do rio Pripyat”, disse o gabinete de Zelensky.

    “Aleksander Lukashenko assumiu a responsabilidade de garantir que todos os aviões, helicópteros e mísseis estacionados no território bielorrusso permaneçam no solo durante a viagem, reunião e retorno da delegação ucraniana”.

    Belarus anunciou no domingo que o país renunciou ao seu status não nuclear em um referendo naquele dia. 

    De acordo com a Comissão Eleitoral Central da Bielorrússia, 78,63% da população votante elegível participou do referendo de domingo, dos quais 65,16% votaram a favor da aprovação de uma nova constituição que eliminará o status não nuclear do país e dará a Lukashenko a oportunidade de concorrer dois mandatos adicionais.

    A nova constituição poderia, teoricamente, permitir que a Rússia devolvesse armas nucleares a Belarus pela primeira vez desde a queda da União Soviética, quando o país vizinho desistiu de seu estoque e se tornou uma zona livre de armas nucleares.

    As emendas e adições à Constituição aprovadas no referendo de ontem entrarão em vigor em 10 dias, segundo o gabinete de Lukashenko.

    (*Hannah Ritchie da CNN, Josh Pennington e Ellie Kaufman contribuíram para esta reportagem)

     

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