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    Bashar al-Assad será julgado? O que sabemos

    Assad deixou a Síria antes que as tropas rebeldes avançassem sobre a capital Damasco

    Marien Ramosda CNN

    Após dias de conflito, rebeldes sírios depuseram o regime de Bashar al-Assad neste domingo (8).

    Assad, que chegou ao posto de presidente depois da morte de seu pai, Hafez al-Assad, em 2000, deixou a Síria antes que as tropas rebeldes avançassem sobre a capital Damasco e se encontra agora em Moscou, capital da Rússia, segundo agências de notícias russas.

    A região é palco de conflitos desde a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

    Desde então, mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, segundo a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.

    Com isso, Bashar al-Assad pode ser julgado por crimes de guerra na Síria e até ser preso, diz à CNN Mauricio Santoro, cientista político e professor de relações internacionais.

    “As chances de ser julgado dependeriam do Tribunal Penal Internacional se encarregar de investigar crimes de guerra na Síria, e eventualmente expedir uma ordem de prisão contra o ex-ditador sírio”.

    Segundo o especialista, contudo, “é provável que o novo regime sírio implemente algum tipo de punição, pelo menos contra os expoentes do antigo governo”.

    Entenda o conflito na Síria

    A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

    O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

    Além disso, o Estado Islâmico também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

    Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.

    A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

    Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.

    Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, segundo a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.

    Saiba quem é o líder rebelde sírio e o grupo que derrubou Bashar al-Assad

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