Autoridades italianas confiscam quase US$ 1 milhão em azeite falsificado
Polícia desbaratou esquema de venda ilegal de produtos adulterados; 42 toneladas foram retidas
Autoridades do sul da Itália desmantelaram uma suposta rede de venda de azeite falso, confiscando 42 toneladas da variedade extra virgem no valor de quase US$ 1 milhão.
Sete pessoas são acusadas de formação criminosa, adulteração de substâncias alimentares destinadas à comercialização, fraude em abastecimento público militar e adulteração de alimentos para exportação, segundo nota enviada pela polícia.
As operações, realizadas durante a noite de segunda-feira (7) na região da Puglia, envolveram mandados de busca em 18 garagens e armazéns.
Algumas das 42 toneladas de azeite já estavam embaladas e prontas para venda. As autoridades confiscaram 71 toneladas do que foi denominado “substância oleosa” em tanques de plástico, bem como 623 litros de clorofila, um componente do azeite virgem extra que era adicionado ao azeite de menor valor.
Eles encontraram equipamentos de embalagem, rótulos alegando que o azeite era “extra virgem”, quando claramente não o era, e documentação comercial, incluindo 1.145 selos falsos de impostos especiais de consumo, disse o comunicado.
Vans, equipamentos de carga e computadores também foram apreendidos.
As autoridades também confiscaram 174 garrafas de espumante suspeitas de serem falsas e que estão sendo testadas.
A investigação começou em setembro com a detenção de 11 pessoas em Itália e Espanha e o confisco de 12 barris contendo 260 mil litros de azeite adulterado.
Os incidentes de azeite virgem extra virgem falsificado aumentaram nos últimos anos, devido tanto à popularidade da dieta mediterrânica como aos efeitos das alterações climáticas, que reduziram enormemente a produção no sul da Europa devido a secas devastadoras, segundo o Conselho Oleícola Internacional.
Em janeiro, as autoridades realizaram batidas em 50 restaurantes em Roma e encontraram óleo de semente sendo passado como azeite virgem extra.