Autoridades dos EUA visitarão o Equador em meio à onda de violência
Funcionários de alta patente do Departamento de Estado e das forças armadas dos EUA também devem viajar ao país sul-americano nas próximas semanas


Autoridades de segurança dos Estados Unidos viajarão ao Equador para ajudar em investigações criminais depois que gangues de traficantes causaram uma onda de violência no país, disse o Departamento de Estado americano em comunicado nesta quinta-feira (11).
Além desses agentes, funcionários de alta patente do Departamento de Estado e das forças armadas dos EUA visitarão o país sul-americano nas próximas semanas para explorar maneiras de ajudar o Equador a enfrentar a ameaça das gangues de traficantes, complementa a nota.
Crise no Equador
A onda de violência no Equador se intensificou após o líder do grupo criminoso Los Choneros fugir de uma prisão em Guayaquil, no domingo (7). Um dia depois, o presidente Daniel Noboa decretou estado de emergência no país.
Na tarde de terça-feira (9), um grupo de homens encapuzados e armados invadiu as instalações do canal TC Televisión, de Guayaquil.
O crime foi capturado pela transmissão ao vivo, que mostrou funcionários sendo obrigados a se deitarem no chão. Foi possível ouvir tiros e gritos. Em operação para libertar os funcionários, a polícia prendeu 13 pessoas e apreendeu armas e explosivos.
Ainda na noite de terça, o presidente Daniel Noboa decretou a existência de um “conflito armado interno” no país e instituiu que sejam feitas operações pelas forças de segurança para neutralizar os criminosos.
No texto do decreto, o governo também qualifica como “terroristas e atores não estatais beligerantes” 22 grupos do crime organizado.
Segundo o governo do Equador, mais de 170 agentes penitenciários e outros funcionários são mantidos como reféns por detentos em ao menos cinco prisões do país.
Além disso, diversos ataques e explosões foram registrados, e centenas de pessoas foram detidas.
*com informações da Reuters