Autoridades do Catar e do Egito discutem situação na Faixa de Gaza
Ministros das Relações Exteriores conversaram sobre "agressão israelense" e "violações em andamento na Cisjordânia"
O primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores do Catar, Sheikh Mohamed bin Abdel Rahman Al Thani, se encontrou com o ministro das Relações Exteriores do Egito, Badr Abdelaty, na quarta-feira (27), durante uma visita ao Egito.
Durante a reunião, eles discutiram a situação na região, incluindo a “agressão israelense contra a Faixa de Gaza e as violações em andamento na Cisjordânia”, disse Abdelaty em uma entrevista coletiva conjunta.
Duas fontes de segurança egípcias disseram à Reuters que uma delegação de segurança egípcia viajará para Israel na quinta-feira (28) em um esforço para chegar a um acordo de cessar-fogo em Gaza.
O primeiro-ministro egípcio, Mostafa Madbouly, disse que o Egito e o Catar vão cooperar em um projeto de investimento imobiliário “muito importante” na costa norte do Egito, de acordo com uma declaração do gabinete na quarta-feira (27).
A declaração foi feita durante a visita de Al Thani ao Egito, onde ele também se encontrou com o presidente egípcio.
Entenda os conflitos no Oriente Médio
No final de novembro, foi aprovado um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah. Isso acontece após meses de bombardeios do Exército israelense no Líbano.
A ofensiva causou destruição e obrigou mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. Além disso, deixou dezenas de mortos no território libanês.
Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos radicais financiados pelo Irã, e, portanto, inimigos de Israel.
A expectativa é que o acordo sirva de base para uma cessação das hostilidades mais duradoura.
Ao mesmo tempo, a guerra continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses combatem o Hamas e procuram por reféns que foram sequestrados há mais de um ano durante o ataque do grupo radical no território israelense no dia 7 de outubro de 2023. Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.
Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva de Israel, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino.
Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.
Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.