Autoridades de Taiwan alertam que China deve lançar exercícios militares
Viagem do presidente Lai Ching-te ao Pacífico desagradou Pequim
A China deve realizar exercícios militares nos próximos dias perto de Taiwan, usando como pretexto a próxima viagem do presidente Lai Ching-te ao Pacífico, de acordo com avaliações de autoridades de segurança regionais e de Taiwan.
Lai iniciará uma visita aos três aliados diplomáticos de Taipé no Pacífico no sábado (30), e fontes disseram à Reuters que ele estava planejando paradas no Havaí e no território norte-americano de Guam.
A China, que considera Taiwan como seu próprio território e a questão mais importante em suas relações com Washington, não gosta de Lai, a quem Pequim chama de “separatista”.
O gabinete de Lai ainda não confirmou os detalhes das escalas nos Estados Unidos, mas deve fazer isso pouco antes de sua partida, segundo fontes familiarizadas com a viagem.
Pequim poderia realizar manobras militares durante ou logo após a viagem de Lai, que termina em 6 de dezembro, disseram quatro autoridades da região que não quiseram ser identificadas devido à sensibilidade da questão.
O Ministério da Defesa da China não respondeu a um pedido de comentário, embora o governo tenha solicitado aos Estados Unidos que não permitam o trânsito de Lai.
Chen Binhua, porta-voz do Escritório de Assuntos sobre Taiwan, da China, disse nesta quarta-feira (27) que as paradas de Lai eram “essencialmente atos provocativos que violam o princípio de uma só China”.
O Ministério da Defesa de Taiwan afirmou em um comunicado que qualquer tentativa deliberada de criar tensão no Estreito de Taiwan ameaçaria a segurança regional e prejudicaria a paz e a estabilidade.
“Isso não seria visto com bons olhos pelas pessoas de ambos os lados do estreito ou pela comunidade internacional, e também não é o comportamento adequado de um país moderno responsável”, acrescentou.
A Casa Branca não respondeu a um pedido de comentário.