Austrália diz que presença de navio espião chinês em suas águas é “ato de agressão”
Ameaça à segurança nacional representada pela China tem sido tema importante nas campanhas eleitorais de candidatos australianos
O ministro da Defesa australiano, Peter Dutton, disse que um navio de inteligência chinês foi rastreado na costa oeste da Austrália no que classificou como “ato de agressão” de Pequim.
A Austrália rastreou o navio espião da China na semana passada enquanto passava pela estação de comunicações navais Harold E Holt em Exmouth, que é usada por submarinos australianos, americanos e aliados.
“Acho que é um ato de agressão. Acho particularmente porque veio tão ao sul”, disse Dutton em entrevista coletiva. “Está próximo de instalações militares e de inteligência na costa oeste da Austrália”
O país terá sua eleição nacional em 21 de maio e as alegações da ameaça à segurança nacional representada pela China têm sido um importante tema de campanha.
Dutton questionou o “momento estranho” da presença do navio devido à campanha eleitoral.
Navios da marinha chinesa foram rastreados nas costas norte e leste da Austrália várias vezes nos últimos anos.
Em fevereiro, Pequim e Canberra se culparam por um incidente em que uma aeronave de patrulha marítima australiana detectou um laser direcionado a ela de uma embarcação da Marinha do Exército de Libertação Popular, da China.
A Austrália divulgou fotos de dois navios chineses envolvidos nesse incidente navegando perto de sua costa norte.
O departamento de defesa da Austrália disse em um comunicado que o navio de Inteligência Auxiliar da Classe Dongdiao chamado Haiwangxing viajou pela costa oeste, cruzando a Zona de Exclusão Econômica da Austrália em 6 de maio e chegando a 50 milhas náuticas da estação de comunicações em 11 de maio.
Dutton disse que a Austrália tem como prática conscientizar o público sobre a presença de navios da marinha chinesa.