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    Austrália alerta sobre possível extinção de coalas por conta de mudanças climáticas

    De acordo com um estudo, o país perdeu mais de 30% da espécie nos últimos três anos

    Da Reuters

    Nesta sexta-feira (11), a Austrália incluiu os coalas que vivem ao longo de grande parte de sua costa leste como uma espécie ameaçada de extinção depois que os habitats do animal foram afetados por secas prolongadas, incêndios florestais e extração de madeira.

    Cientistas e acadêmicos alertam que o mamífero icônico da Austrália pode se extinguir, a menos que o governo intervenha imediatamente para proteger os coalas e seu habitat.

    “Esta lista destaca os desafios enfrentados pela espécie”, disse a ministra australiana do Meio Ambiente, Sussan Ley, em comunicado. “Juntos podemos garantir um futuro saudável para os coalas e essa decisão desempenhará um papel fundamental nesse processo”.

    Ley disse que os coalas nos estados de Nova Gales do Sul e Queensland, além do território da capital Camberra, agora serão considerados ameaçados de extinção. Antes, a designação adotada era de “vulneráveis”.

    A queda acentuada do número de coalas

    A Austrália perdeu cerca de 30% de seus coalas nos últimos três anos, de acordo com o que observou a Australian Koala Foundation no ano passado. Estima-se que o número tenha caído de mais de 80 mil, em 2018, para menos de 58 mil. O pior declínio foi em Nova Gales do Sul, onde os números caíram 41%.

    Um estudo do World Wide Fund for Nature estimou que os incêndios florestais no final de 2019 e início de 2020 mataram ou feriram mais de 60 mil coalas, enquanto as chamas queimaram mais de 17 milhões de hectares, uma área quase da metade do tamanho da Alemanha.

    Mas mesmo antes dos incêndios, os habitats dos coalas estavam diminuindo rapidamente devido ao desmatamento para agricultura, desenvolvimento urbano, mineração e silvicultura. Os coalas habitam principalmente florestas de eucalipto nos estados do leste e ao longo das margens costeiras.

    Grupos ambientalistas aplaudiram a decisão e a declaração da ministra do Meio Ambiente, embora tenham dito que deveria ter acontecido muito antes.

    “Nós nunca deveríamos ter permitido que as coisas chegassem ao ponto em que corremos o risco de perder um ícone nacional”, disse Josey Sharrad, gerente do Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal.

    “Se não podemos proteger uma espécie icônica da Austrália, que chance têm espécies menos conhecidas, mas não menos importantes?”

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