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    “Atrocidades” do Hamas fazem o Estado Islâmico parecer mais racional, diz Biden

    Presidente norte-americano condenou o grupo radical islâmico e afirmou que 31 americanos morreram no ataque terrorista de 7 de outubro

    Donald Juddda CNN

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Bidenchegou a Israel na madrugada desta quarta-feira (18) e se reuniu com o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu

    Ao lado de Netanyahu, o presidente norte-americano condenou o ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro a Israel, dizendo que o grupo “cometeu males, atrocidades, que fazem o Isis [Estado Islâmico] parecer um pouco mais racional”.

    Biden frisou que, embora Israel tenha o direito de se defender, “temos também de ter em mente que o Hamas não representa todo o povo palestino, e só lhe trouxe sofrimento”.

    O ataque terrorista do grupo radical islâmico em Israel deixou mais de 1.300 mortos. Segundo o presidente Biden, 31 deles americanos. 

    “O grupo terrorista Hamas massacrou, como foi apontado, mais de 1.300 pessoas, e não é exagero sugerir que foram massacrados – incluindo 31 americanos – e que fizeram reféns muitas pessoas, incluindo crianças”, disse. 

    O que é o Estado Islâmico

    O grupo Estado Islâmico no Iraque e no Levante surgiu em 2013 e ganhou notoriedade ao tomar controle de áreas no Iraque e Síria, como as cidades de Mossul e Raqqa, e criar um “califado” entre os dois países.

    Dissidente da Al Qaeda, o grupo governava a partir de um código moral extremista e ultraconservador, realizando assassinatos brutais de reféns e civis e divulgando imagens dos atos em redes sociais. O grupo também organizou ataques terroristas em outros países, como os atos que mataram 130 pessoas em Paris em novembro de 2015.

    Ao longo dos anos, sob ataques de países ocidentais e principalmente da Rússia, o grupo jihadista perdeu controle territorial de várias áreas. Em 2017, a cidade síria de Raqqa, considerada a capital do Estado Islâmico, foi tomada pela Forças Democráticas Sírias (SDF), simbolizando o fim do controle do grupo sobre grandes territórios no Oriente Médio.

    Hamas

    O Hamas é uma organização islâmica com ala militar que surgiu em 1987 como um desdobramento da Irmandade Muçulmana, um grupo islâmico sunita fundado no final da década de 1920 no Egito.

    A própria palavra “Hamas” é um acrônimo para “Harakat Al-Muqawama Al-Islamiyya” – que em tradução livre significa “Movimento de Resistência Islâmica”. O grupo, tal como a maioria das facções e partidos políticos palestinos, insiste que Israel é uma potência colonizadora e que seu objetivo é libertar os territórios palestinos de Israel.

    Ao contrário de algumas outras facções palestinas, o Hamas recusa-se a dialogar com Israel. Em 1993, opôs-se aos Acordos de Oslo, um pacto de paz entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) que desistiu da resistência armada contra Israel em troca de promessas de um Estado palestino independente ao lado de Israel. Os Acordos também estabeleceram a Autoridade Palestina (AP) na Cisjordânia ocupada por Israel.

    Veja também – Waack: A arriscada aposta de Biden no Oriente Médio

    Parceria entre Israel e EUA

    Joe Biden prometeu novamente, nesta quarta-feira (18), o apoio americano a Israel, dizendo a Netanyahu: “Eu queria estar aqui hoje pela simples razão de que quero que o povo de Israel, as pessoas do mundo, conheçam a posição dos Estados Unidos”.

    “Eu queria vir pessoalmente e deixar isso claro”, acrescentou.

    Netanyahu, por sua vez, agradeceu a Biden pela sua visita: “A sua visita aqui é a primeira visita de um presidente americano a Israel em tempos de guerra”.

    “É profundamente comovente, fala da profundidade do seu compromisso pessoal com Israel, com o futuro do povo judeu e do único Estado judeu”, disse.

    “Portanto, sei que falo por todo o povo de Israel quando digo: obrigado, Senhor Presidente.”

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