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    Ativistas pedem aprovação de lei de proteção ao voto nos Estados Unidos

    Família de Martin Luther King participou de ato por uma legislação de direitos aos votos

    Chandelis Dusterda CNN

    Nesta segunda-feira (17), a família de Martin Luther King Jr. exigiu que o Senado dos Estados Unidos aprove a legislação de direitos aos voto e disse que os legisladores que realmente honram o legado do falecido líder dos direitos civis devem “estar do lado certo da história”.

    “Não importa o que aconteça amanhã, devemos manter a pressão e não dizer mais palavras vazias. Não nos diga no que você acredita, mostre-nos com seus votos. A história estará observando o que acontece amanhã”, disse Martin Luther King III, filho de Martin Luther King Jr., em um discurso em Washington.

    “Os americanos negros e pardos estarão observando o que acontecerá amanhã. Em 50 anos, os alunos lerão sobre o que acontecerá e saberão se nossos líderes tiveram integridade para fazer a coisa certa”, acrescentou.

    Os comentários são feitos no feriado federal em homenagem ao falecido líder dos direitos civis e um dia antes de o Senado votar uma legislação de direitos ao voto que enfrenta incerteza em meio à oposição entre os democratas.

    A família King e grupos ativistas têm pressionado o presidente Joe Biden e o Congresso a agir sobre a legislação de direitos ao voto que está paralisada no Senado.

    “Se você pode entregar um projeto de infraestrutura para pontes, você pode entregar direitos de voto para os americanos. Se você não fizer isso, não há ponte nesta nação que possa suportar o peso desse fracasso”, continuou.

    Na manhã desta segunda-feira, a família King se reuniu com outros grupos ativistas e marchou pela Frederick Douglass Memorial Bridge com uma mensagem para Biden e o Congresso: “vocês entregaram pontes, agora entreguem direitos ao voto”.

    Eles marcaram o que seria o aniversário de 93 anos de King Jr. em Phoenix, no sábado, onde pressionaram para que o presidente e o Congresso aprovassem a legislação.

    A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, a presidente da bancada negra do Congresso, a deputada Joyce Beatty, a deputada do Alabama, Terri Sewell, a prefeita de DC, Muriel Bowser, e grupos ativistas também se juntaram à família King na entrevista coletiva nesta segunda-feira, pedindo ação ao Senado.

    “Se você realmente quer honrar o Dr. King, não o desonre usando um costume do Congresso como desculpa para proteger nossa democracia”, disse Pelosi, em referência à mudança das regras de obstrução do Senado necessárias para aprovar a legislação.

    “Você está do lado de quem?”

    Durante o café da manhã anual da National Action Network em homenagem a King nesta segunda, Biden repetiu a mesma mensagem que transmitiu na Geórgia na semana passada, quando disse que os legisladores devem optar por ficar do lado de líderes de direitos civis como King ou do lado de segregacionistas como o ex-governador do Alabama George Wallace.

    “O ataque à nossa democracia é real, desde a insurreição de 6 de janeiro até o ataque das leis anti-votação republicanas em vários estados”, disse Biden em comentários pré-gravados.

    “Não é mais apenas sobre quem pode votar. É sobre quem pode contar os votos e se o seu voto conta. Trata-se de duas coisas traçoeiras: supressão de eleitores e subversão eleitoral.”

    O presidente continuou: “estamos em outro momento agora, em que o espelho está sendo erguido para a América, sendo erguido novamente. A pergunta sendo feita novamente: onde estamos? De que lado estamos?”.

    A vice-presidente Kamala Harris também pediu ao Senado que aprove a legislação de direitos ao voto, dizendo durante o Serviço Comemorativo da Comunidade Amada de Martin Luther King Jr. na Igreja Batista Ebenezer para honrar verdadeiramente o legado de King Jr.: “Devemos continuar lutando pela liberdade de votar, pela liberdade para todos”.

    “Hoje, nossa liberdade ao voto está sob ataque”, disse Harris em comentários virtuais nesta segunda-feira. “É hora de o Senado dos Estados Unidos fazer seu trabalho… O Senado deve aprovar este projeto de lei, agora.”

    Pressão sobre dois democratas

    Os democratas têm procurado uma maneira de aprovar a legislação de direitos de votos em meio à pressão e resistência de membros de seu próprio partido.

    Os influentes e moderados senadores Joe Manchin, da Virgínia, e Kyrsten Sinema, do Arizona, dois democratas que há muito expressam oposição à mudança das regras de obstrução – necessárias para que a legislação eleitoral chegue ao final – permanecem impassíveis.

    “O senador Sinema e o senador Manchin querem uma supermaioria. Bem, uma supermaioria de cidadãos apóia essa legislação”, disse Arndrea Waters King, esposa de Martin Luther King III, nesta segunda-feira, acrescentando que, se ambos os senadores mantiverem suas posições, “estenderão o estrangulamento da supremacia branca em nossa democracia.”

    Martin Luther King III também criticou os dois senadores e disse que “a história não se lembrará deles gentilmente”.

    A CNN entrou em contato com os escritórios de Sinema e Manchin para fazer comentários, mas não teve resposta.

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