Ataques de Israel atingem sul de Beirute e região de Bekaa, no Líbano, diz agência
Ataques espalhados pelo país mataram ao menos 5 pessoas, diz ministério da saúde libanês
Pelo menos um ataque aéreo do Exército de Israel atingiu um prédio de apartamentos em uma cidade litorânea ao sul de Beirute nesta terça-feira (5), informou a mídia estatal libanesa. Enquanto outros ataques tiveram como alvo locais espalhados pelo país.
O grupo armado Hezbollah lançou foguetes contra Israel.
A ofensiva contra a cidade litorânea de Jiyyeh deixou um enorme rastro de fumaça saindo de um prédio. Não ficou imediatamente claro se o ataque foi uma tentativa de assassinato e nenhum aviso de dispersão foi dado antes de ser realizado.
O exército israelense e o Hezbollah apoiado pelo Irã têm trocado tiros por mais de um ano em paralelo com a guerra de Gaza, mas as hostilidades aumentaram nas últimas seis semanas. Mais de 3 mil pessoas foram mortas no Líbano, a maioria delas desde o final de setembro, de acordo com autoridades de saúde.
Os ataques israelenses nesta terça também mataram cinco pessoas perto da cidade de Baalbek no Vale do Bekaa, incluindo duas mortes em um ataque a um carro, segundo o Ministério da Saúde do Líbano.
A agência de notícias estatal do Líbano disse estimar que os ataques aéreos israelenses e a detonação generalizada de casas destruíram mais de 40 mil unidades habitacionais na região de fronteira do país.
Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio
O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º de outubro marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã que conta com uma série de grupos paramilitares.
São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.
Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.
O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.
As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas.
No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.
Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.
Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.
Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, foi morto pelo Exército israelense no dia 16 de outubro, na cidade de Rafah.
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