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    Ataque na Síria deixa quatro mortos em dormitórios universitários de Aleppo

    Bombardeios acontecem na cidade desde quarta-feira (27) quando um grupo militante de oposição ao governo lançou uma incursão na região da cidade síria

    Da Reuters

    Quatro civis, incluindo dois estudantes, foram mortos nesta sexta-feira (29) na cidade síria de Aleppo, em bombardeios que atingiram dormitórios de estudantes universitários, informou a agência de notícias estatal SANA.

    Rebeldes liderados pelo grupo militante islâmico Hayat Tahrir al-Sham lançaram uma incursão na quarta-feira (27) em uma dúzia de cidades e vilas na província noroeste de Aleppo, controlada pelas forças governamentais do presidente sírio Bashar al-Assad.

    No dia seguinte, aviões de guerra russos e sírios bombardearam o noroeste da Síria controlado pelos rebeldes perto da fronteira com a Turquia para tentar repelir uma ofensiva insurgente que havia capturado um território pela primeira vez em anos, declararam fontes do exército sírio e rebeldes.

    Foi o maior ataque desde março de 2020, quando a Rússia, que apoia Assad, e a Turquia, que apoia os rebeldes, concordaram com um cessar-fogo para encerrar anos de combates que haviam deslocado milhões de sírios que se opunham ao governo de Assad.

    Entenda o conflito na Síria

    A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

    O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

    Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

    Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.

    A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

    Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.

    Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.

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