Bombardeio de Israel contra prédio em Gaza deixa dezenas mortos, dizem médicos
Tropas israelenses afirmam que atacam norte do território para evitar que grupos armados se reagrupem
Um ataque aéreo israelense contra um prédio residencial de vários andares no norte de Gaza deixou dezenas de mortos e feridos neste sábado (30), segundo médicos palestinos.
Os serviços de emergência de Gaza disseram que o bombardeio atingiu uma área residencial em Tal Al-Zaatar, onde se acredita que muitas vítimas estejam presas sob os escombros.
Procurados pela Reuters, os militares israelenses disseram que não têm conhecimento de nenhum ataque na área, mas que vão analisar a informação.
As forças armadas israelenses, que começaram a atacar a Faixa de Gaza em 2023, disseram que suas últimas operações no norte do território tinham o objetivo de impedir que militantes se reagrupem e realizem ataques a partir dessas áreas.
Também neste sábado, médicos disseram que nove pessoas morreram quando um ataque aéreo israelense teve como alvo um veículo perto de um grupo de palestinos que recebia ajuda humanitária na área sul de Khan Younis, ao sul de Gaza.
Entenda o conflito na Faixa de Gaza
Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns.
O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.
Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.
A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.
A população israelense faz protestos constantes contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para os reféns sejam libertados.