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    Ataque com míssil da Ucrânia em Kursk, na Rússia, deixa 6 mortos, diz autoridade

    Governador em exercício prometeu "retribuição bem merecida"; ofensiva teria danificado vários edifícios

    Priscilla Alvarezda CNN

    Um ataque da Ucrânia com um míssil contra a cidade de Rylsk, na região russa de Kursk deixou seis pessoas mortas, incluindo uma criança, nesta sexta-feira (20), disse o governador em exercício Alexander Khinshtein.

    Dez pessoas, incluindo uma de 13 anos, foram levadas para um hospital com ferimentos leves, escreveu Khinshtein no Telegram.

    “O que aconteceu hoje é uma grande tragédia para todos nós. Lamentamos junto com as famílias das vítimas. Ninguém ficará sem apoio”, destacou.

    Ele advertiu que os responsáveis ​​pelo ataque receberiam “retribuição bem merecida”.

    Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, afirmou que o país levantará a questão do ataque com mísseis em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU nesta sexta-feira (20), informou a agência de notícias estatal TASS.

    Anteriormente, o governador Alexander Khinshtein destacou que a Ucrânia havia disparado foguetes HIMARS fornecidos pelos EUA, danificando vários edifícios, incluindo uma escola, centro recreativo e residências privadas em Rylsk, localizada a cerca de 26 km da fronteira com a região de Sumy, na Ucrânia.

    Um relato anterior não confirmado pelo canal Mash Telegram, que é próximo à polícia russa, afirmou que havia sete mortos.

    O canal publicou um vídeo não verificado mostrando edifícios danificados e carros em chamas em uma rua da cidade.

    Incursão da Ucrânia em Kursk

    As tropas ucranianas ainda controlam parte da região de Kursk, após invadirem a Rússia em uma incursão surpresa em 6 de agosto.

    O presidente russo, Vladimir Putin, disse durante sua coletiva de imprensa anual, realizada na quinta-feira (19), que os invasores definitivamente seriam expulsos, mas se recusou a definir uma data para quando isso aconteceria.

    Khinshtein, que serviu como deputado da Duma Estatal — a Câmara baixa do Legislativo russo — até ser nomeado governador interino de Kursk por Putin no início deste mês, acusou Kiev de alvejar deliberadamente civis no ataque.

    Tanto a Ucrânia quanto a Rússia acusam regularmente o outro país de atacar civis, e ambos negam.

    Entenda a guerra entre Rússia e Ucrânia

    A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin.

    Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.

    Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.

    As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.

    O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.

    A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.

    O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.

    O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.

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