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    Ataque a Lviv indica que guerra pode se aprofundar, diz especialista

    Em entrevista à CNN, a professora de Relações Internacionais Danielle Ayres analisou os últimos acontecimentos na Ucrânia

    Ludmila CandalRenata Souzada CNN

    em São Paulo

    Segundo informações do gabinete do prefeito, pelo menos um míssil atingiu a região de Lviv, na Ucrânia, nesta sexta-feira (18). Na avaliação da professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Catarina Danielle Ayres, em entrevista à CNN, o ataque pode indicar um aprofundamento da guerra.

    “Esses ataques de Lviv, por exemplo, são feitos a partir do Mar Negro, da Crimeia, são navios que jogam os mísseis. Então é uma maneira de dizer que a guerra vai aprofundar-se caso as conversações de paz não avancem”, disse.

    Ainda nesta sexta-feira, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez um discurso marcante em um estádio de futebol lotado, defendendo a “operação militar especial”, como ele denomina.

    “Ele [Putin] precisa, efetivamente, legitimar cada vez mais a sua posição interna”, avaliou Ayres.

    Segundo a especialista, o contexto interno da Rússia é reflexo de anos da política de Putin e, por isso, “ele goza de uma legitimidade interna que não é nova, é uma legitimidade que já vem de alguns anos”

    No entanto, a professora explicou que quanto mais autocrático Putin fica, mais “ele afasta os russos do processo de relação internacional com as demais culturas e os demais povos”.

    Também hoje, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, fez um discurso mencionando o Brasil como um dos países que não estaria disposto a receber ordens dos Estados Unidos.

    Para Ayres, “isso se deve muito ao que fizemos dias antes, semanas antes do evento da guerra. Mas isso se deve, principalmente, a uma desconstrução dos nossos pilares de política externa por parte do governo atual que ocupa a presidência da República”.