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    Astrônomos investigam desaparecimento de estrela em galáxia distante

    Dados sugerem ser possível que a explosão tenha diminuído sua luz e a tenha obscurecido com poeira

    Ashley Strickland, , Da CNN

    Uma estrela massiva desapareceu silenciosamente em uma galáxia anã a 75 milhões de anos-luz de distância da Terra, de acordo com um novo estudo. Dada a falta de uma supernova visível em seu lugar (o esperado quando uma estrela massiva), os pesquisadores acreditam que ela foi obscurecida pela poeira cósmica ou alcançou o fim da vida e colapsou em um buraco negro.

    “Se for verdade, essa seria a primeira detecção direta de uma estrela-monstro terminando sua existência dessa maneira”, afirmou Andrew Allan, autor do estudo e doutorando no Trinity College Dublin, na Irlanda, em comunicado.

    O estudo foi publicado nesta terça-feira (30) na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

    Com base em observações feitas entre 2001 e 2011 dessa mesma estrela, os astrônomos já haviam determinado que ela estava no estágio tardio de sua evolução e vida útil. No ano passado, Allan e seus colegas tentaram novamente detectar a estrela usando o Very Large Telescope (VLT) do European Southern Observatory (ESO), instalado no Chile, mas não conseguiram mais localizá-la na galáxia anã Kinman.

    “Em vez disso, ficamos surpresos ao descobrir que a estrela havia simplesmente desaparecido!”, contou Allan.

    Uma estrela sumindo

    Embora esteja tão distante que seja difícil discernir os sinais de astros individuais, essa estrela azul em particular era 2,5 milhões de vezes mais brilhante que o Sol. Estrelas variáveis luminosas azuis são instáveis e podem mudar de brilho — mas, mesmo assim, deixam marcas rastreáveis para os astrônomos.

    O que intrigou os pesquisadores foi o fato de esse sinal estar ausente em 2019. “Seria altamente incomum uma estrela tão grande desaparecer sem produzir uma explosão brilhante de supernova”, explicou Allan.

    A equipe usou instrumentos diferentes na esperança de achar o sinal da estrela, mas não encontrou nada.

    “Podemos ter detectado uma das estrelas mais massivas do Universo local entrando suavemente no ocaso”, afirmou Jose Groh, coautor do estudo e diretor de astrofísica do Trinity College Dublin.

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    Os efeitos da volatilidade

    A equipe também analisou os dados de arquivo da mesma estrela, colhidos em 2002 e 2009, sugerindo que ela pode ter passado por um período de fortes explosões após 2011. Essa atividade, que contribui para a falta de estabilidade das estrelas variáveis luminosas azuis, pode aumentar sua luminosidade e sua taxa de perda de massa.

    Os dados sugerem que é possível que a explosão tenha diminuído a luz da estrela e a tenha obscurecido com poeira, acreditam os pesquisadores. Mas também é possível que ela tenha simplesmente colapsado em um buraco negro.

    Futuros telescópios, como o Extremely Large Telescope (ELT) do mesmo observatório europeu no Chile, que entrará em operação em 2025, poderão estudar estrelas distantes com mais detalhes e fornecer novas informações sobre esse mistério estelar.

    (Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês). 
     

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