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    Asteroide “assassino” passará entre as órbitas da Terra e da Lua neste sábado

    Mesmo rotulado de "assassino de cidade", passagem do objeto estelar deve ser inofensiva

    Amy Woodyattda CNN

    Um asteroide rotulado de “assassino de cidade” está se aproximando de forma incomum do nosso planeta neste fim de semana, e passará entre as órbitas da Terra e da Lua.

    Embora tenha o potencial de causar danos significativos se atingir uma área povoada, sua passagem deve ser inofensiva.

    Na noite de sábado (25), o asteroide 2023 DZ2 voará a uma distância de 170 mil quilômetros da Terra. A Lua, em comparação, está a cerca de 384.400 quilômetros de distância da Terra.

    Referido como “assassino da cidade”, o asteroide – que mede entre 40 e 100 metros – não fará nada disso, mas o acontecimento ainda é algo notável, dizem os especialistas.

    “O que é incomum sobre esse objeto é que é bastante raro que um objeto desse tamanho passe tão perto da Terra. Isso acontece cerca de uma vez a cada 10 anos”, afirmou Richard Moissl, chefe do Escritório de Defesa Planetária da ESA, à CNN.

    “Mas esta é uma oportunidade única em uma década para obter, de perto, algumas boas medições de um corpo relativamente grande, que é relativamente fácil de medir para esse efeito”, ponderou.

    Objetos próximos da Terra são asteroides e cometas com órbitas que os levam a 193 milhões de quilômetros do Sol, o que significa que eles podem “circular pela vizinhança orbital da Terra”, de acordo com a NASA.

    Os especialistas vão observar o asteroide 2023 DZ2 com radar e usarão isso para obter medições mais precisas do objeto, acrescentou Moissl.

    Rótulo de “assassino da cidade”

    Moissl ressaltou que o título de “assassino de cidade” é usado por especialistas em referência a dois impactos de asteroides conhecidos.

    Em 1908, durante o acontecimento Tunguska, um asteroide “enviou uma onda de choque e destruiu dois mil quilômetros quadrados de floresta” na Sibéria, explicou o especialista.

    Além disso, cerca de 50 mil anos atrás, um asteroide de ferro atingiu o que hoje é o Arizona, no Colorado, criando uma cratera de 1,2 km de diâmetro e cerca de 180 metros de profundidade.

    Quando as rochas espaciais entram na órbita da Terra e atingem a superfície, “se acontecerem em áreas desabitadas, então [não é] uma grande preocupação”, destacou Moissl.

    “Se algum dia encontrarmos um dos locais [de queda] onde vemos que isso vai impactar a Terra, o primeiro passo é descobrir onde vai atingir o solo, porque se for no meio do oceano, no meio do deserto, não é um grande problema. Só precisamos garantir que não haja tráfego aéreo ou pessoas na área”, acrescentou.

    “É daí que vem o [termo] ‘assassino da cidade’. Se tal objeto caísse diretamente sobre uma cidade, isso seria um problema: toda a cidade provavelmente seria fortemente danificada e deveria ser evacuada”, complementou.

    “Assassino de cidade é um belo slogan. Não é uma descrição ruim. É por isso que não o jogamos completamente fora, porque diz em duas palavras: Isso é perigoso a nível de poder destruir uma cidade”, explicou.

    No entanto, não é isso que está acontecendo com 2023 DZ2. O asteroide, que está em uma órbita heliocêntrica, o que significa que está em uma órbita e elipse ao redor do Sol, “continuará girando e girando em torno do Sol”, pontuou.

    Atualmente, existem mais de 1.450 objetos próximos da Terra na “lista de risco”, disse Moissl, e eles são adicionados sempre que houver “a menor possibilidade de impactar [a Terra] nos próximos 100 anos”.

    “Esses objetos geralmente são bastante observados. E as medições são refinadas”, acrescentou.

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