Assassinos do presidente do Haiti foram contratados para prendê-lo, diz polícia
Segundo investigadores colombianos, dois homens chefiaram operação que resultou na morte de Jovenel Moïse
Os comandantes colombianos acusados de participar do assassinato do presidente do Haiti Jovenel Moïse foram contratados para deter o líder do país e entregá-lo à polícia dos Estados Unidos, afirmou a polícia colombiana nesta quinta-feira (15).
Moïse seria detido e entregue à Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA, na sigla em inglês) por Duberney Capador e German rivera, disse o chefe da polícia colombiana, general Jorge Vargas, em entrevista coletiva realizada em Bogotá.
O diretor da polícia colombiana disse que o grupo que assassinou o presidente haitiano fazia parte de uma “suposta operação de prisão” de Moïse, para em seguida entregá-lo à DEA.
Neste estágio, não há indicação de envolvimento direto da DEA no assassinato do presidente do Haiti, disse o general Vargas.
A CNN entrou em contato com a DEA a respeito e espera um posicionamento.
Vargas disse que os comandantes colombianos chefiaram dois grupos no dia 7 de julho. Sete homens liderados por Capador e Rivera entraram no palácio presidencial, neutralizaram o serviço de segurança haitiano e receberam a tarefa de deter o presidente, enquanto o resto do grupo ficou em veículos para apoiar a operação.
“Essa é a informação que estamos recebendo. Quero enfatizar que o inquérito policial não está em nossas mãos, está nas mãos da polícia do Haiti. É ela quem dirige a investigação”, pontuou Vargas. Segundo o general, a polícia haitiana e as agências de inteligência colombianas formaram uma comissão especial para coordenar a busca de respostas para o assassinado de Moïse.
Os dois colombianos que lideraram a operação contra o presidente do Haiti, os sargentos aposentados Capador e Rivera, se reuniram com Christian Sanon em maio e também com um terceiro colombiano ainda não identificado, disse Vargas.
Sanon é um cidadão americano nascido no Haiti que, segundo a polícia haitiana, planejou o assassinato de Moïse com o objetivo de assumir a presidência.
Ele nega ser responsável pelo que é acusado, segundo uma fonte próxima à investigação que não pôde ser identificada por não ter autorização para discutir o assunto.
Dmitri Herard, chefe de segurança da residência presidencial do Haiti, continua sob investigação e está detido em uma delegacia de Porto Príncipe.
Mais de duas dezenas de colombianos estão vinculados ao ataque do presidente Moïse, morto na madrugada de 7 de julho.
Dezoito colombianos foram detidos no Haiti, três foram mortos e outros três permanecem foragidos, contou o general Vargas.
(Esta é uma reportagem traduzida. Para ler a original, em espanhol, clique aqui)