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    Assad deixou a Síria com instruções de “transferir o poder pacificamente”, diz Rússia

    Ministério das Relações Exteriores russo negou que o país tenha participado das negociações para a saída de Bashar al-Assad

    Da CNN

    O presidente Bashar al-Assad deixou a Síria, disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia neste domingo (8).

    Assad “decidiu deixar o posto presidencial e deixou o país, dando instruções para transferir o poder pacificamente”, disse a declaração, acrescentando que “a Rússia não participou dessas negociações”.

    “A Federação Russa está em contato com todos os grupos da oposição síria”, completou o comunicado.

    Entenda o conflito na Síria

    A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

    O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

    Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

    Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais – da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia – se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.

    A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

    Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.

    Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.

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