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    Arqueólogos descobrem ‘Pompeia do antigo Egito’ próxima a Luxor

    Cidade faraônica de grandes proporções permaneceu escondida por séculos; para especialista, achado se compara ao vasto sítio arqueológico no sul da Itália

    Arqueólogos disseram que descobriram uma grande e antiga cidade faraônica que havia permanecido escondida por séculos perto de alguns dos monumentos mais conhecidos do Egito.

    A cidade foi construída mais de 3.400 anos atrás, durante o reinado opulento de Amenhotep III, um dos faraós mais poderosos do Egito, disse na quinta-feira (8) o arqueólogo egípcio responsável por supervisionar as escavações, Zahi Hawass.

    A equipe começou a procurar um templo mortuário perto de Luxor em setembro, mas semanas depois encontrou formações de tijolos de lama em todas as direções, disse Zahi Hawass, em um comunicado.

    Eles desenterraram a cidade bem preservada que tinha paredes quase completas e quartos cheios de ferramentas da vida diária, juntamente com anéis, escaravelhos, vasos de cerâmica colorida e tijolos de barro com os selos da cártula de Amenhotep.

    “As ruas da cidade são ladeadas por casas… algumas de suas paredes têm até três metros de altura”, disse Hawass.

    As escavações estão localizadas na Cisjordânia de Luxor, perto dos Colossos de Mêmnon, Medinet Habu e Ramesseum, ou templo mortuário do Rei Ramsés II, não muito longe do Vale dos Reis.

    “Esta é uma descoberta muito importante” , disse Peter Lacovara, diretor do Fundo de Arqueologia e Patrimônio do Antigo Egito, com sede nos Estados Unidos.

    O estado de preservação e a quantidade de itens do cotidiano trouxeram à mente outra escavação famosa, acrescentou.

    “É uma espécie de Pompeia do antigo Egito e mostra a necessidade crítica de preservar esta área como um parque arqueológico”, disse Lacovara, que trabalhou na área do palácio Malqata por mais de 20 anos, mas não participou das atuais escavações.

     

    O local contém um grande número de fornos para fazer vidro e faiança, junto com os destroços de milhares de estátuas, disse Betsy Bryan, especialista no reinado de Amenhotep III.

    “Apenas localizar os centros de manufatura já amplia os detalhes de como os egípcios, sob um grande e rico governante como Amenhotep III, fizeram o que fizeram. Isso fornecerá conhecimento por muitos anos”, acrescentou ela.

    A cidade se estende a oeste até a antiga vila de trabalhadores de Deir el-Medina, disse Hawass.

    De acordo com referências históricas, ela incluía três dos palácios de Amenhotep III e o centro administrativo e industrial do império, acrescentou o comunicado de Hawass.

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