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    Argentina, Paraguai, EUA: veja os dez países que mudaram ou prometem mudar embaixada para Jerusalém

    Em 2018, na campanha eleitoral, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prometeu que o Brasil faria a mudança, mas a promessa jamais se concretizou

    Presidentes da Argentina, Javier Milei, e Israel, Isaac Herzog
    Presidentes da Argentina, Javier Milei, e Israel, Isaac Herzog Divulgação/Governo da Argentina

    Daniel Rittnerda CNN

    em Brasília

    Com o anúncio feito pelo presidente Javier Milei, na semana passada, a Argentina tornou-se o décimo país do mundo a transferir ou manter a promessa de transferir sua embaixada em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.

    Segundo informações do governo israelense à CNN, cinco países já instalaram suas representações diplomáticas em Jerusalém:

    • Estados Unidos
    • Guatemala
    • Honduras
    • Kosovo
    • Papua Nova Guiné

    Outras cinco nações anunciaram sua intenção de fazer o mesmo movimento e deslocar suas atuais embaixadas de Tel Aviv:

    • Paraguai
    • Malawi
    • Serra Leoa
    • Guiné Equatorial
    • Argentina

    Em 2018, na campanha eleitoral, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prometeu que o Brasil transferiria sua embaixada para Jerusalém.

    Ao receber o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que o visitou em sua posse, Bolsonaro afirmou que a mudança era “questão de tempo”.

    A promessa, no entanto, jamais se concretizou e o plano acabou sendo abandonado.

    O Brasil abriu apenas um escritório comercial da Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex) em Jerusalém, mantendo a embaixada em Tel Aviv.

    Nos primeiros meses do governo Bolsonaro, houve forte resistência a esse movimento por parte do agronegócio, que temia o estremecimento das relações comerciais com países árabes.

     Jair Bolsonaro e Benjamin Netanyahu
    Jair Bolsonaro e Benjamin Netanyahu (31.mar.2019) / Foto: Alan Santos/PR

    De forma geral, a instalação da embaixada em Jerusalém representa um reconhecimento da cidade como capital de Israel, o que provoca atritos não só com palestinos e árabes como um todo, mas também reações da comunidade internacional, cuja posição é de que o status de Jerusalém deve ser decidido em negociações de paz.

    O entendimento tradicional é de que o reconhecimento de Jerusalém Ocidental como capital de Israel só deve ocorrer quando Jerusalém Oriental for oficializada como capital de um futuro Estado palestino.

    Por isso, a imensa maioria dos países – incluindo toda a Europa – mantém suas embaixadas em Tel Aviv.

    Milei, que assumiu em dezembro, adotou o judaísmo como sua religião e já havia prometido transferir a embaixada para Jerusalém durante a campanha presidencial do ano passado.

    Além da mudança, o argentino anunciou na semana passada sua intenção de declarar o Hamas como grupo terrorista.

    Na madrugada desta segunda-feira (12), dois argentinos que eram mantidos reféns pelo Hamas na Faixa de Gaza foram libertados pelas Forças de Defesa de Israel.