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    Argentina ordena apreensão de avião venezuelano a pedido dos EUA

    Caso causou tensão entre Venezuela e governo argentino, que na manhã desta quinta-feira (11) tentou diminuir o tom da disputa afirmando que não houve incidente diplomático

    Apoiadores do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam pedindo a liberação do avião detido na Argentina.
    Apoiadores do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam pedindo a liberação do avião detido na Argentina. dpa/picture alliance via Getty I

    Nicolas MisculinVivian Sequerada Reuters

    em Buenos Aires e Caracas

    A Argentina ordenou, nesta quinta-feira (12), a apreensão de um avião da Venezuela retido em Buenos Aires desde junho a pedido dos Estados Unidos, em meio a suspeitas de que a aeronave de origem iraniana possa ter ligações com terrorismo, informou a mídia local.

    O caso causou tensão entre Venezuela e Argentina, que na manhã desta quinta-feira (11) tentou diminuir o tom da disputa afirmando que não houve incidente diplomático causado pelo avião.

    No entanto, o juiz federal argentino Federico Villena ordenou a apreensão do avião a pedido dos Estados Unidos e apesar das reclamações do governo de esquerda do venezuelano Nicolás Maduro, informaram veículos como a agência estatal de notícias da Argentina, Telam.

    Agentes do FBI inspecionaram o avião na tarde de quinta-feira, segundo a mídia argentina.

    O avião, vendido pela empresa iraniana Mahan Air à companhia venezuelana Emtrasur, foi imobilizado em junho por autoridades argentinas. Tanto a Mahan Air quanto a Emtrasur são sancionadas pelos Estados Unidos.

    O Boeing 747 tinha uma tripulação de 14 venezuelanos e cinco iranianos no momento de sua chegada a Buenos Aires.

    Ramon Velasquez Araguayan, ministro dos Transportes da Venezuela, e um grupo de parlamentares se reuniram com o embaixador argentino Oscar Laborde para fazer uma declaração na qual os funcionários da companhia aérea expressaram seu desejo de que a tripulação e a aeronave retornem ao país.

    A porta-voz do governo de centro-esquerda da Argentina, Gabriela Cerruti, procurou na quinta-feira minimizar o aparente conflito entre os dois países, dizendo que declarações críticas de políticos venezuelanos eram “expressões de diferentes atores da vida venezuelana” que não implicam “um incidente diplomático”.