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    Argentina instalará cerca na fronteira com a Bolívia, que se diz preocupada

    Governo boliviano pedirá mais informações sobre decisão do governo de Javier Milei

    Luciana Taddeoda CNN , em Buenos Aires

    O governo da província argentina de Salta anunciou que irá instalar, a pedido da administração de Javier Milei, uma cerca de 200 metros na cidade de Aguas Blancas, na fronteira com a Bolívia, para impedir a entrada de imigrantes de forma irregular.

    A cerca será feita de aço, terá postes de concreto e uma altura de 2,8 metros, com arame farpado no topo. O projeto prevê que a barreira se estenda da rodoviária da cidade até o posto de imigração da fronteira com a cidade boliviana de Bermejo.

    A iniciativa, segundo as autoridades, é parte do Plano Güemes, um programa do governo Milei para combater a criminalidade na fronteira norte da Argentina.

    “Com essa infraestrutura, ofereceremos melhores condições para uma migração ordenada e segura, prevenindo o contrabando e o tráfico ilegal e fortalecendo a economia local”, anunciou o governador de Salta, Gustavo Sáenz.

    Segundo ele, haverá coordenação de diferentes forças de segurança para a vigilância conjunta da fronteira.

    O governador afirmou ainda que o novo controle contribuirá para que as forças de segurança monitorem movimentações na fronteira e possam responder com prontidão diante de possíveis situações de risco.

    À CNN, a administração de Salta afirmou que a construção da cerca será licitada em março.

    Ao manifestar apoio à medida nesta segunda-feira (27), a ministra da Segurança Patricia Bullrich afirmou que a divisa com o país vizinho estava “completamente descontrolada”.

    Preocupação boliviana

    O governo boliviano, no entanto, manifestou preocupação com o anúncio.

    “Os temas fronteiriços devem ser tratados mediante mecanismos de diálogo bilaterais estabelecidos entre os Estados para encontrar soluções coordenadas para questões em comum. Qualquer medida unilateral pode afetar a boa vizinhança e a convivência pacífica entre povos irmãos”, expressou em comunicado.

    A chancelaria de Luis Arce disse ainda que solicitará à Argentina informações, mediante canais diplomáticos, sobre a iniciativa, para “empreender as ações correspondentes”.

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