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    Aquário de Miami libertará orca após mantê-la mais de 50 anos em cativeiro

    Pressão para libertar Lolita ganhou força depois que o documentário de 2013 "Blackfish" destacou o cativeiro das orcas

    Lolita, a Orca estrela do Miami Seaquarium, em apresentação em 31 de janeiro de 2014.
    Lolita, a Orca estrela do Miami Seaquarium, em apresentação em 31 de janeiro de 2014. Walter Michot/Miami Herald/Tribune News Service via Getty Images

    Tyler Cliffordda Reuters

    em Nova York

    Um aquário da Flórida fechou um acordo com defensores do bem-estar animal para libertar Lolita, uma orca de 2.268 kg mantida em cativeiro por mais de meio século, disseram autoridades nesta quinta-feira (30).

    O Miami Seaquarium disse que chegou a um “acordo vinculativo” com a organização sem fins lucrativos Friends of Lolita para devolver a baleia, que recentemente se aposentou das apresentações, a um habitat oceânico no noroeste do Pacífico em até dois anos.

    Lolita, uma orca de 57 anos capturada em 1970 em uma enseada perto de Seattle, também é conhecida como Toki, um nome que é a abreviação do nome nativo americano da baleia, Tokitae, informou o Miami Herald.

    O plano de devolver Lolita ao seu habitat natural requer aprovação federal, segundo o jornal.

    O processo para devolver Lolita às suas “águas domésticas” levou anos para ser concluído, começando com a transferência da propriedade do aquário para a The Dolphin Co, disse a prefeita do condado de Miami-Dade, Daniella Levine Cava, em entrevista coletiva.

    Mais tarde, a empresa fez parceria com a organização sem fins lucrativos para fornecer assistência médica à baleia.

    O proprietário anterior do Seaquarium, a SeaWorld Entertainment, encerrou gradualmente os shows de orcas em 2016. Lolita, que já foi uma das principais atrações do Seaquarium, foi aposentada dos shows em março de 2022, depois que a administração mudou de mãos.

    “Encontrar um futuro melhor para Lolita é uma das razões que nos motivou a adquirir o Miami Seaquarium”, disse o presidente-executivo da Dolphin Co, Eduardo Albor, em comunicado.

    A pressão para libertar Lolita ganhou força depois que o documentário de 2013 “Blackfish” destacou o cativeiro das orcas.

    Os defensores dos direitos dos animais durante anos lutaram sem sucesso no tribunal para obter a liberdade de Lolita depois que a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica adicionou as orcas à lista de espécies ameaçadas de extinção em 2015.

    As chamadas “baleias assassinas” – apesar das orcas não serem baleias – são mamíferos altamente sociais que não têm predadores naturais e podem chegar a cerca de 80 anos.