Aposentadoria na Suprema Corte pode abrir espaço para primeira indicação de Biden
Juiz Stephen Breyer pretende se aposentar; Biden havia prometido em 2020 indicar a primeira mulher negra à Corte
O juiz da Suprema Corte americana Stephen Breyer planeja se aposentar, o que abriria caminho para a primeira indicação do atual presidente do país, Joe Biden, ao tribunal. A informação foi relatada por outro juiz importante dos Estados Unidos à CNN e revelada nesta quarta-feira (26).
Nomeado em 1994 pelo presidente democrata Bill Clinton, Breyer, de 83 anos, é um liberal e defensor contumaz do atual sistema de governo dos Estados Unidos. Considerado um pragmático, está à serviço do tribunal há quase três décadas.
A substituição de Breyer não deve mudar o equilíbrio da corte, já que Biden certamente escolherá outro liberal para o cargo.
A expectativa é que o novo indicado seja muito mais jovem e possa fazer parte do tribunal por décadas.
Atualmente, a Suprema Corte tem seis juízes conservadores indicados por presidentes republicanos e três liberais indicados por democratas.
Mulher negra
A expectativa é que o juiz seja substituído por uma mulher negra, conforme Biden prometeu em 2020.
“Conversamos sobre a Suprema Corte – estou ansioso para garantir que haja uma mulher negra na Suprema Corte para garantir que, de fato, tenhamos todos representados”, disse Biden no dia 25 de fevereiro daquele ano.
Em 15 de março, Biden reafirmou suas intenções: “Me comprometi a, se eleito presidente e tiver a oportunidade de nomear alguém para os tribunais, indicar a primeira mulher negra para o tribunal”.
Em 30 de junho, disse que estava “montando uma lista de mulheres afro-americanas qualificadas e com experiência” para integrar o tribunal.
A Casa Branca se recusa a comentar sobre a possível aposentadoria de Breyer e eventual substituição.
A secretária de imprensa do governo, Jen Psaki, que diz que, até o momento, “não tem detalhes ou informações adicionais para compartilhar”.
Com informações de Wolf Blitzer, Betsy Klein, Kevin Liptak, Melissa Macaya e Mike Hayes, da CNN