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    Após impasse, Exército do Sudão concorda com cessar-fogo de 24 horas  

    A interrupção dos confrontos aconteceu na tarde desta quarta-feira com o posicionamento das forças legais e também da RSF, a poderosa unidade paramilitar que ameaça o governo

    Da Reuters

    O Exército do Sudão concordou em aplicar um cessar-fogo nesta quarta-feira (19). A interrupção das hostilidades, que deve durar 24 horas, teve início às 18h do horário local (13 horas em Brasília), informou um comunicado do Exército.

    “A trégua começará às 18 horas e continuará até as 18 horas do dia seguinte para facilitar as demandas humanitárias, desde que a outra parte a respeite”, acrescentou o comunicado.

    Com isso, a capital Cartum deve passar por momentos de calmaria, após uma série de confrontos armados entre o exército e as Forças de Apoio Rápido (RSF, da sigla em inglês), unidade paramilitar de grande poderio bélico. Ao menos 270 pessoas morreram e 2.600 ficaram feridas nos combates que ocorrem desde o último sábado, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS), citando o Ministério da Saúde do Sudão.

    Um cessar-fogo já havia sido firmado na terça-feira (18), com participação dos Estados Unidos, mas na manhã desta quarta os combates continuaram, com bombardeios contínuos e fortes explosões no centro de Cartum, na área ao redor do complexo do Ministério da Defesa e do aeroporto, levando o Japão a se preparar para retirar seus cidadãos do país. O Exército e a RSF emitiram declarações acusando-se mutuamente de não respeitar a trégua.

    Repercussão

    Várias nações se posicionaram nesta quarta-feira sobre os confrontos. A Casa Branca condenou a violência no Sudão, que levou a um alto número de mortos, e disse que todo o pessoal americano no local foi contabilizado.

    A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse a repórteres que o número estimado de mortos é de cerca de 270 em dias de luta entre facções rivais.

    O chanceler alemão Olaf Scholz, afirmou que situação é perigosa tanto para os residentes locais quanto para os demais. Ele também frisou que Berlim tem o dever de ajudar seus cidadãos, junto com cidadãos de outros países, a sair.

    “Sentimo-nos obrigados a pensar na possibilidade de sair e de o ajudar a dar certo. Se fizermos algo, não o faremos só por nós”, afirmou em conferência de imprensa com o seu homólogo português.

    Anteriormente, a revista de notícias Spiegel informou que os militares alemães tiveram que interromper uma missão para evacuar cerca de 150 cidadãos do Sudão devido aos combates em Cartum.

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