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    Após bloqueios do Talibã, poucos afegãos conseguem chegar ao aeroporto de Cabul

    EUA estimam que há cerca de 65 mil aliados afegãos com suas famílias tentando sair do país desde a ascensão do grupo islâmico

    Clarissa Ward, da CNN, em Cabul

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    São poucos os afegãos que estão conseguindo passar pelos controles do Talibã feitos em dois pontos de bloqueio no aeroporto internacional Hamid Karzai, em Cabul, capital do Afeganistão, relata Clarissa Ward, da CNN.

    Para milhares de afegãos que tentam fugir do país, o destino está sendo determinado arbitrariamente pelas forças do Talibã que, no primeiro bloqueio, verificam a documentação, diz Ward. 

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse quarta-feira (18) que os EUA estimam que há entre 50 mil e 65 mil aliados afegãos e suas famílias ainda tentando sair do país. Ao menos 12 pessoas morreram durante o caos que se instalou no aeroporto de Cabul no último domingo. Há relatos de pessoas que morreram por pisoteamento – já outras teriam sido mortas a tiros.

    Os afegãos que passam pela primeira verificação são submetidos a um exame mais minucioso pelas forças especiais afegãs, que enfrentam acusações de brutalidade. Ao enfrentarem os bloqueios, os afegãos correm risco, acrescenta Ward.

    Apesar dessa hostilidade, os afegãos contrários ao Talibã persistem e realizam atos de coragem, como a substituição das bandeiras do grupo islâmico por bandeiras nacionais do Afeganistão – desafiando o atual regime. 

    Os próprios membros do Talibã, conscientes dos olhos atentos do mundo, estão dando uma demonstração de maior clemência, incentivando os muçulmanos xiitas em Cabul a celebrar o feriado da Ashura nesta quinta-feira (19).

    (Este texto é uma tradução. Para ler o original, em inglês, clique aqui)

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