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    Após autoexílio de Guaidó, oposição na Venezuela busca novo nome

    Primária presidencial deve acontecer em outubro deste ano; Freddy Superlano foi o nome escolhido pelo partido Voluntad Popular e deve enfrentar outro 10 nomes que pretendem unir a oposição no pleito de 2024 

    Freddy Superlano, candidato da oposição na Venezuela
    Freddy Superlano, candidato da oposição na Venezuela REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria

    Vivian SequeraMircely Guanipada Reuters

    Caracas

    O partido de oposição venezuelano Voluntad Popular nomeou nesta sexta-feira (5) um novo candidato para uma importante primária presidencial em outubro, substituindo o ex-líder da oposição Juan Guaidó, que deixou a Venezuela inesperadamente no final de abril.

    Em entrevista coletiva, o Voluntad Popular nomeou o coordenador político Freddy Superlano — um engenheiro de 46 anos e crítico do presidente Nicolás Maduro — como seu indicado, explicando que Guaidó não poderia representar o partido do “exílio”.

    Desiree Barboza, membro do Voluntad Popular, disse que a decisão de nomear Superlano como candidato do partido foi unânime. Superlano enfrentará pelo menos uma dezena de outras figuras que buscam liderar a oposição na disputa presidencial prevista para 2024.

    Guaidó chegou a Miami em 25 de abril vindo de Bogotá, para onde tinha viajado na intenção de participar de uma conferência internacional sobre o futuro político da Venezuela. Segundo ele, as autoridades colombianas o forçaram a sair, apesar de seu pedido de proteção em meio a novas ameaças do governo de Maduro.

    De 2019 a dezembro de 2022, Guaidó atuou como presidente interino em um governo paralelo desafiando Maduro até ser dissolvido.

    Assim como Guaidó, Superlano está impedido por decisões judiciais e administrativas de concorrer a cargos públicos.

    Outros candidatos que buscam a nomeação nas primárias de outubro também foram desqualificados, uma questão que o governo e a oposição vêm negociando.

    Barboza chamou Superlano de “homem que venceu o chavismo”, referindo-se à sua vitória em 2021 na disputa pelo governo do estado de Barinas, antigo reduto do partido governista e berço do falecido presidente Hugo Chávez.

    Vista por críticos como um braço do governo, a corte suprema do país invalidou o resultado e Superlano não tomou posse.