Após atingir a Flórida, nos EUA, furacão Nicole é rebaixado a tempestade tropical
Nicole foi rebaixada de um furacão de categoria 1 para uma tempestade tropical ao se mover para o interior da costa da Flórida nesta quinta-feira (10)


O furacão Nicole perdeu força e foi rebaixado para uma tempestade tropical nesta quinta-feira (10), pouco depois de atingir a costa Leste da Flórida, nos Estados Unidos, com uma mistura de chuvas e ventos fortes, disse o Serviço Nacional de Meteorologia norte-americano.
Nicole havia ameaçado áreas costeiras que ainda se recuperam da última grande tempestade, seis semanas atrás.
Um alerta de furacão havia sido emitido para um trecho costeiro de cerca de 385 quilômetros que incluía o Centro Espacial Kennedy em Cabo Canaveral, onde o novo foguete lunar da Nasa estava exposto aos elementos e ancorado em sua plataforma de lançamento para enfrentar a tempestade.
Nicole foi rebaixada de um furacão de categoria 1 para uma tempestade tropical ao se mover para o interior da costa da Flórida nesta quinta-feira.
A tempestade, que tocou o solo oficialmente às 5h (horário de Brasília), estava com ventos sustentados de até 120 km/h ao atingir a costa Leste da Flórida, ao Norte de Miami, informou o Centro Nacional de Furacões. A velocidades depois caiu para 112 km/h.
O centro de furacões havia emitido alertas de tempestades para grande parte da costa atlântica da Flórida, alertando que as ondas provocadas pelo vento lavariam as praias e se moveriam para o interior para inundar áreas baixas bem além da costa.
As tempestades causaram estragos ao longo da Costa do Golfo do estado e sua costa Leste quando o furacão Ian atingiu a terra em 28 de setembro e atravessou a Península da Flórida até o Atlântico, causando danos estimados em US$ 60 bilhões e matando mais de 140 pessoas.
Esperava-se que Nicole tivesse menos impacto do que Ian, que atingiu a Flórida como uma grande tempestade de categoria 4. As autoridades alertaram, no entanto, que Nicole ainda representava uma ameaça importante, especialmente para estruturas e fundações costeiras enfraquecidas pelo Ian.
“Dezenas e dezenas” de edifícios à beira-mar no condado de Volusia, incluindo condomínios de arranha-céus, foram declarados estruturalmente inseguros desde Ian, com alguns agora “em perigo iminente de desmoronar” devido à maior erosão da costa, disse o xerife Mike Chitwood.
“Última oportunidade”
Volusia foi um dos vários condados costeiros onde as autoridades emitiram ordens de evacuação obrigatórias ou aconselharam os moradores de comunidades à beira-mar e ilhas-barreira a buscarem terrenos mais altos.
“Esta é a última janela de oportunidade para proteger suas famílias e suas propriedades e possivelmente salvar algumas vidas”, disse Chitwood em um vídeo postado online na quarta-feira.
Autoridades estaduais abriram 15 abrigos de emergência em toda a região, ativaram 600 soldados da Guarda Nacional e colocaram 1.600 trabalhadores de serviços públicos de prontidão para restaurar a energia derrubada pela tempestade.
Mais de uma dúzia de distritos escolares foram fechados na quarta-feira (9) e mais de 20 distritos escolares em todo o estado estavam programados para serem fechados na quinta-feira. O Aeroporto Internacional de Orlando anunciou que estava encerrando as operações comerciais na tarde de quarta-feira.
Mesmo antes de atingir a força do furacão, a tempestade desencadeou “inundações extensas” em grande parte das Bahamas, incluindo as ilhas de Grand Bahama, Eleuthera, Andros e Abacos, disse o chefe da Agência Nacional de Gerenciamento de Emergências, Stephen Russell, em entrevista à imprensa.
A tempestade foi declarada furacão na noite de quarta-feira, quando atingiu pela primeira vez a ilha de Grand Bahama, no canto Noroeste do arquipélago das Índias Ocidentais do Atlântico.
Esperava-se que Nicole diminuísse à medida que se move sobre a Flórida, depois segue para o Norte nos próximos dois dias, passando pela Geórgia e pelas Carolinas.
(Com informações de Jasper Ward, em Nassau; Sandra Stojanovic, em Daytona Beach, na Flórida; Akriti Sharma, em Bengaluru; Brendan O’Brien, em Chicago, e Rich McKay, em Atlanta; redação e reportagem adicional de Steve Gorman, em Los Angeles; Edição por Mark Heinrich e Alison Williams)