Após acordo, detentos encerram greve de fome em prisões da Venezuela
Prisioneiros protestavam contra condições ruins nas penitenciárias e contra atrasos em revisões judiciais
Internos em 20 prisões e centros de detenção na Venezuela encerraram uma greve de fome de uma semana para protestar contra condições e atrasos nas revisões judiciais depois de chegarem a um acordo com o governo, disse uma organização não-governamental neste sábado (15).
“Entre quinta-feira, 13 de junho e sexta-feira, 14 de junho, os detentos gradualmente desistiram da greve de fome, após um acordo com o ministério dos serviços penitenciários”, disse o Observatório Penitenciário da Venezuela, dizendo que os casos de alguns detidos começaram a ser transferidos para diferentes tribunais do país.
“Eles concederam algumas liberações pendentes e começaram a instalar tabelas técnicas em algumas prisões para revisar os casos dos detidos”, acrescentou a ONG em seu site.
O presidente Nicolás Maduro substituiu anteriormente a chefe dos assuntos penitenciários do país, Celsa Bautista, e nomeou o legislador Julio Zerpa, no meio da greve.
“Continuamos trabalhando, de centro a centro, junto com as famílias, ouvindo as demandas da população privada de liberdade, comprometida com um sistema penitenciário humanista adaptado aos novos tempos”, disse o novo ministro no sábado na plataforma de mídia social X.
As ONGs criticaram as prisões na Venezuela por superlotação, más condições de saúde e escassez de alimentos, além de atrasos processuais, entre outras questões.