Anéis, cetros e pulseiras: veja as joias que serão utilizadas na coroação de Charles III
Materiais desempenham um papel central durante a cerimônia, representando o serviço e as responsabilidades do monarca
As joias da Coroa desempenham um papel central na coroação, representando o serviço e as responsabilidades do monarca.
Elas costumam ficar expostas na Torre de Londres, mas serão levadas até a Abadia de Westminster, em 6 de maio, para a cerimônia que vai coroar o rei Charles III, quase oito meses após a morte de sua mãe, rainha Elizabeth II.
A Coroa de Santo Eduardo será utilizada para coroar o rei na cerimônia. Ela foi feita para o rei Charles II em 1661, e possui quatro cruzes páteas, quatro flores-de-lis e dois arcos. Além de um orbe e uma cruz na parte de cima, simbolizando o mundo cristão.
Historicamente, ela permanece na Abadia de Westminster, por isso uma segunda coroa foi escolhida para quando o rei sair.
No fim da cerimônia, Charles III troca o item pela Coroa Imperial do Estado, que também é usada em ocasiões cerimoniais, como a abertura do Parlamento.
O nome da coroa remonta ao século 15, quando os monarcas ingleses optaram por uma coroa que fosse “fechada” por arcos, para demonstrar que a Inglaterra não estava sujeita a nenhum outro poder terreno. Ela foi feita para a coroação do rei George VI, em 1937.
Dois cetros também são utilizados pelo monarca durante a coroação. Um deles possui uma cruz no topo, que simboliza o poder temporal do rei, e está associado à boa governança.
O outro cetro, com uma pomba branca de asas abertas no topo representando o Espírito Santo, é conhecido a “Vara da Equidade e Misericórdia” e simboliza o papel espiritual do monarca.
O Orbe do Soberano também será utilizado na cerimônia. Simbolizando o poder do monarca e a referência ao mundo cristão, o item contém uma esfera de ouro feita no século 17, dividida em três seções por faixas de joias, para representar cada um dos continentes conhecidos no período medieval.
O rei Charles III também usará outros acessórios, como o Anel do Soberano, composto por uma safira com uma cruz de rubi incrustada em diamantes, e duas pulseiras feitas de ouro, esmaltadas e forradas de veludo por dentro, que já foram chamadas em coroações anteriores de “pulseiras da sinceridade e sabedoria”.
Também serão usadas as esporas de ouro, couro e veludo feitas em 1661, para o rei Charles II.
O item mais antigo utilizado durante a cerimônia de coroação é uma colher de prata dourada, a única joia pertencente à monarquia que sobreviveu do século 12, provavelmente fabricada entre os reinados de Henry II e Richard I (entre 1133 e 1199). A colher será utilizada durante a unção do rei e da rainha consorte com o óleo sagrado.
O óleo utilizado foi consagrado em Jerusálem e depois armazenado em uma ampola feita de ouro e com o formato de uma águia de asas abertas. A substância será derramada na Colher da Coroação através de uma abertura no bico da águia e o monarca será ungido nas mãos, peito e cabeça.
Quatro espadas diferentes também serão utilizadas ao longo da coroação. A Espada do Estado, simbolizando a autoridade real, a Espada da Justiça Temporal, que simboliza o papel do monarca como chefe das forças armadas, a Espada da Justiça Espiritual, simbolizando o monarca como defensor da fé, e a Espada da Misericórdia ou Curtana, que possui uma ponta romba, simbolizando a misericórdia do monarca.
Já a rainha consorte Camilla escolheu a coroa da rainha Mary para a cerimônia de coroação. Ela também portará dois cetros, um com uma pomba e outro com uma cruz, espelhando os cetros do monarca e o anel da rainha consorte, que possui um rubi engastado em ouro.