Victor Irajá: Troca de farpas entre Lula e Milei não afetará economia Brasil-Argentina
O analista de Política Victor Irajá afirma que relação diplomática estremecida não deve impactar parceria comercial entre os países vizinhos
O analista de Política Victor Irajá comentou as recentes tensões diplomáticas entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente argentino, Javier Milei. Apesar das trocas de farpas entre os líderes, Irajá afirmou que essa relação estremecida não deve gerar impactos significativos na economia dos dois países.
Segundo ele, Brasil e Argentina são parceiros comerciais importantes, sendo o Brasil o principal destino das exportações argentinas e a Argentina o terceiro maior destino das exportações brasileiras.
Relação pragmática
Irajá ressaltou que, apesar das divergências ideológicas, é crucial que os dois países mantenham relações diplomáticas cordiais devido à relevância geográfica e econômica dessa parceria. “É muito nocivo para o país, por exemplo, que um presidente da Argentina venha para cá e não se prontifique a encontrar o presidente do Brasil”, observou.
O analista lembrou que, em governos anteriores, como os de Dilma Rousseff e Mauricio Macri, as divergências políticas não impediram uma relação pragmática entre Brasil e Argentina. No entanto, nos últimos anos, essa relação vem sendo abalada, com os ex-presidentes Jair Bolsonaro e Alberto Fernández mantendo certo distanciamento.
Alinhamento com direita global
Irajá destacou que a visita de Milei ao Brasil e sua participação em um evento conservador, ao invés de uma agenda oficial com Lula, evidencia a prioridade do presidente argentino em se alinhar com a “nova direita que vem se consolidando o mundo afora”. Esse movimento, segundo o analista, simboliza a “união” de líderes de extrema direita em âmbito global.
Apesar das tensões diplomáticas, Irajá avaliou que o impacto econômico deve ser limitado, dada a importância mútua do comércio bilateral. No entanto, ele ressaltou a gravidade de um presidente argentino priorizar uma agenda ideológica em detrimento de encontros oficiais com o Brasil.
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(Publicado por Raphael Bueno, da CNN Brasil)