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    Amorim sugere que Brics podem adaptar critérios à escolha de novos membros

    Assessor especial de relações internacionais da Presidência da República acompanha a cúpula do bloco em Joanesburgo

    Américo Martinsda CNN , Enviado especial a Joanesburgo

    O assessor especial de relações internacionais da Presidência da República, embaixador Celso Amorim, sugeriu nesta quarta-feira (23) que os Brics podem adaptar os critérios de entrada no bloco à escolha prévia de novos membros.

    “Esse negócio de critérios… Sabe, como eu diria, você escolhe os países, aí depois você define os critérios”, disse o embaixador, em tom de brincadeira, ao ser perguntado sobre os princípios utilizados para definir quais países poderiam entrar no grupo.

    Veja também – Cinco países ganham força e devem entrar nos Brics; veja quais

    A declaração aparentemente contradiz a posição do Ministério das Relações Exteriores, que vem insistindo na definição de critérios claros para a entrada de novos membros.

    Nada menos do que 22 países formalizaram pedidos para aderir ao bloco de grandes países em desenvolvimento.

    Segundo o próprio Amorim, numa declaração no dia anterior, isso mostra a importância que o bloco vem ganhando no tabuleiro geopolítico global.

    “Essa cúpula deixa muito claro isso. Todo esse interesse que existe de expansão, de países que desejam ser parceiros ou membros plenos do Brics, demonstra que o grupo é uma nova força no mundo, que o mundo não pode mais ser visto como ditado pelo G7”, analisou ele.

    Seis países devem ser convidados para integrar o bloco expandido: Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Argentina, Egito e Indonésia –que, talvez, decida aderir apenas depois de deixar a presidência Associação dos Países do Sudoeste Asiático (Asean).

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