Américo Martins: Conflito atual é o mais sangrento entre Israel e Oriente Médio
Analista afirma que esta é a guerra mais sangrenta entre Israel e países do Oriente Médio, com Israel combatendo em sete frentes diferentes
O Oriente Médio enfrenta uma escalada sem precedentes no conflito entre Israel e seus adversários regionais. Na terça-feira (1º), o Irã realizou um ataque com mísseis balísticos contra Israel, elevando as tensões a um novo patamar. Segundo o analista sênior de assuntos internacionais, Américo Martins, esta é a guerra mais sangrenta e com maior número de vítimas entre Israel e países do Oriente Médio.
Martins destaca que Israel está atualmente combatendo em sete frentes diferentes, incluindo o Hamas na Faixa de Gaza, o Hezbollah no Líbano, os Houthis no Iêmen e agora o Irã. O conflito já resultou em mais de 40 mil mortos na Faixa de Gaza, quase dois mil no Líbano, além dos 1.200 israelenses mortos nos ataques iniciais do Hamas.
Retaliação israelense e envolvimento dos EUA
O analista afirma que é praticamente inevitável que Israel revide aos ataques iranianos, possivelmente com o apoio dos Estados Unidos. Esta colaboração pode ampliar significativamente o conflito, especialmente considerando a proximidade das eleições americanas.
Martins ressalta: “Nós estamos a apenas um mês das eleições dos Estados Unidos. Neste momento, o presidente Joe Biden muito provavelmente vai apoiar totalmente Israel e vai querer dar uma demonstração de força contra o Irã”. Ele acrescenta que Biden tem sido acusado pelo ex-presidente Donald Trump de ser fraco em sua abordagem com a República Islâmica do Irã.
Perspectivas preocupantes
O cenário atual apresenta todos os ingredientes para uma guerra ainda maior e mais sangrenta, envolvendo múltiplos grupos no Oriente Médio. A situação é agravada pela presença de reféns ainda nas mãos do Hamas e pela complexidade geopolítica da região.
Com a possibilidade de uma intervenção mais direta dos Estados Unidos, seja através de ataques diretos ou apoio logístico a Israel, o conflito corre o risco de se expandir para além das fronteiras atuais, afetando ainda mais a estabilidade regional e global.