Americanos de ascendência árabe dizem que não votarão em Biden por apoio a Israel
Eles criticam o democrata pelo apoio incondicional aos ataques israelenses em Gaza e por não exigir um cessar-fogo no território
Muitos eleitores árabes-americanos e muçulmanos que falaram à CNN dizem que não votarão pela reeleição do presidente dos EUA, Joe Biden, devido ao seu apoio inabalável a Israel e ao fracasso em pedir um cessar-fogo permanente em Gaza.
No último ciclo de eleições presidenciais, Biden recebeu o apoio de vários proeminentes funcionários eleitos e líderes comunitários muçulmanos americanos. Mas desta vez, muitos estão céticos – e irritados.
“Acredito que ele está além da redenção”, disse Khalid Turaani, 57, consultor baseado em Michigan e copresidente do movimento Abandon Biden (Abandone Biden). “Não votarei em Joe Biden. Acredito que a sua cumplicidade e participação ativas no genocídio contra o povo palestino em Gaza o desqualificam do meu voto.”
A campanha Abandone Biden foi criada em Minnesota depois que um grupo de muçulmanos americanos exigiu que o presidente pedisse um cessar-fogo até 31 de outubro. E quando Biden não respondeu a esses apelos para apoiar a suspensão permanente dos combates, o grupo prometeu fazer campanha contra ele.
Pelo menos 146.620 dos 200.000 eleitores muçulmanos americanos em Michigan votaram no ciclo eleitoral de 2020, de acordo com uma análise da Emgage. Em 2020, Biden venceu em Michigan por três pontos percentuais sobre Trump. Quatro anos antes, Trump venceu no estado a candidata presidencial democrata Hillary Clinton por 0,2 pontos percentuais.
“Me sinto usada como eleitora muçulmana”, disse Ariana Afshar, 27 anos, criadora de conteúdo que mora na Califórnia. “Ele usou pessoas como eu para ser eleito e agora está fazendo tudo para seu benefício em sua posição.”