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    Alexander Stubb é eleito presidente da Finlândia

    Stubb é pró-europeu e um forte apoiador da Ucrânia, que assumiu uma postura dura em relação à Rússia

    Alexander Stubb é o presidente eleito da Finlândia
    Alexander Stubb é o presidente eleito da Finlândia 05/02/2024 - Reprodução/Instagram/alexstubb

    Anne KauranenEssi LehtoTom Littleda Reuters

    Helsinque (Finlândia)

    Alexander Stubb, do Partido da Coalizão Nacional, de centro-direita, venceu a eleição presidencial da Finlândia neste domingo (11), derrotando o membro liberal do Partido Verde, Pekka Haavisto, que admitiu a derrota.

    Stubb é pró-europeu e um forte apoiador da Ucrânia, que assumiu uma postura dura em relação à Rússia.

    Ele se declarou vencedor no segundo turno depois de garantir 51,6% dos votos, já que 99,7% dos votos foram contados, contra 48,4% de Haavisto, mostraram dados do Ministério da Justiça.

    O novo chefe de Estado da Finlândia será responsável pela sua segurança e política externa, incluindo a posição do membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) recentemente aprovada em relação à Rússia, com a qual partilha uma longa fronteira.

    Em comentários na televisão, Stubb classificou sua vitória como “a maior honra” de sua vida.

    “O sentimento é de calma e humildade, mas é claro que, ao mesmo tempo, estou extremamente feliz e grato pelo grande número de finlandeses terem votado e por eu poder servir como presidente da República da Finlândia”, disse ele.

    Stubb, ex-primeiro-ministro, venceu o primeiro turno em 28 de janeiro com 27,2% dos votos, à frente de Haavisto com 25,8%. Ele também liderou contra Haavisto em pesquisas de opinião, mais recentemente por 6 a 8 pontos percentuais.

    Haavisto parabenizou Stubb como “o 13º presidente da Finlândia”. “Acredito que a Finlândia terá agora um bom presidente para a república. Alexander Stubb é uma pessoa experiente e competente para o cargo. Chega de tagarelice”, disse ele.

    A votação marca uma nova era na Finlândia, que durante décadas elegeu presidentes para promover a diplomacia, em particular com a vizinha Rússia, e optou por não aderir a alianças militares para poder aliviar as tensões entre Moscou e a Otan.

    Mas os finlandeses mudaram de ideias após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, numa rápida reviravolta que levou o país a aderir à NATO em Abril do ano passado.

    Agora sob a égide de segurança da aliança ocidental, Stubb substituirá Sauli Niinisto, que está se aposentando após dois mandatos de seis anos, nos quais ganhou o apelido de “o sussurrador de Putin” por seus laços estreitos anteriores com o líder russo.

    Stubb terá um papel central na definição das políticas da Otan da Finlândia, ao mesmo tempo que assumirá a liderança da política externa e de segurança global em estreita cooperação com o governo e atuará como comandante-em-chefe das forças armadas.

    “Calorosos parabéns a Alexander Stubb. A Finlândia é nossa amiga íntima e parceira”, disse o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, num post no X.

    Sem relações com a Rússia

    Lauri, um trabalhador de TI de 36 anos que votou em Helsinque, apontou a Rússia como a principal tarefa que o novo presidente enfrentará.

    “Obviamente, todos nós sabemos que estamos hoje em uma posição difícil olhando para a Rússia, toda a turbulência no mundo hoje. Então acho que essa é a maior ameaça e o maior problema que temos”, disse ele à Reuters no sábado.

    Numa entrevista à Reuters no mês passado, Stubb disse que por enquanto não haveria nenhum pilar russo na política externa da Finlândia:

    “Politicamente, não haverá relações com o presidente da Rússia ou com a liderança política russa até que parem a guerra na Ucrânia.”

    Stubb é a favor de uma cooperação profunda da Otan, como permitir o transporte de armas nucleares em solo finlandês e colocar algumas tropas da Otan permanentemente na Finlândia. Contudo, ele não apoia o armazenamento de armas nucleares na Finlândia.

    “Às vezes, uma arma nuclear é uma garantia de paz”, disse Stubb num debate na terça-feira.

    A Rússia ameaçou a Finlândia com retaliação em resposta à sua adesão à Otan e a um acordo de cooperação em defesa assinado com os EUA em Dezembro.

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