Alemanha deve se preparar para parada de exportação de gás russo, diz chanceler
Durante viagem, Olaf Scholz disse que o país não consegue prever o que o Kremlin decidirá sobre envio do produto para Europa
A Alemanha está se preparando para a eventualidade da Rússia interromper as exportações de gás, já que só é possível especular sobre o que o Kremlin decidirá fazer, disse o chanceler alemão Olaf Scholz nesta quinta-feira (28) durante uma viagem a Tóquio.
“É preciso se preparar e, como eu disse, começamos isso antes do início da guerra e sabemos o que temos que fazer”, disse ele em entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida.
Scholz, que também anunciou que a Alemanha fornecerá treinamento no país para tanques Howitzer, disse que recebeu bem a decisão do parlamento alemão de aprovar uma petição para entregar armas pesadas à Ucrânia.
“Continuaremos a avaliar a situação. Isso é, obviamente, necessário com uma situação de ameaça em constante mudança na Ucrânia. Estou muito grato pelo claro apoio que o Bundestag alemão deu hoje ao governo”, disse Scholz.
A Câmara Baixa do Parlamento alemão, o Bundestag, aprovou nesta quinta-feira por maioria esmagadora uma petição em apoio à Ucrânia apoiando a entrega de armas, incluindo armas pesadas, ao país para ajudá-lo a se defender de ataques russos.
“Juntamente com o amplo isolamento econômico e a dissociação da Rússia dos mercados internacionais, o meio mais importante e eficaz para impedir a invasão russa é intensificar e acelerar a entrega de armas eficazes e sistemas complexos, incluindo armas pesadas”, dizia a petição.
A petição foi apoiada pelos três partidos da coalizão governista e pelos conservadores da oposição, passando com 586 votos a favor, 100 contra e sete abstenções, segundo o vice-presidente do Bundestag, Wolfgang Kubicki.
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Soldado ucraniano na linha de frente no Donbass, região leste da Ucrânia. As tropas se preparam para "nova fase" da ofensiva russa na região; veja imagens • Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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De acordo com um especialista ouvido pela CNN, a batalha na região pode desencadear o maior conflito entre tropas desde a Segunda Guerra Mundial • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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“Agora podemos dizer que as forças russas iniciaram a batalha de Donbass, para a qual se prepararam há muito tempo”, disse Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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O exército da Ucrânia está se preparando para um novo ataque russo no lado leste do país desde que Moscou retirou suas forças de perto da capital Kiev e do norte ucraniano no final do mês passado • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, confirmou que Moscou está iniciando uma nova etapa do que chamam “operação militar especial”, e disse ter “certeza que este será um momento muito importante” do conflito. • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Forças ucranianas disparam míssil GRAD contra tropas russas na região do Donbass, em 10 de abril de 2022 • Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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Soldado ucraniano com veículo de disparo de míssil GRAD contra tropas russas na região do Donbass; há grande expectativa pelo envio de armas por parte de aliados do Ocidente • Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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“Estamos preparados para usar qualquer tipo de equipamento, mas ele precisa ser entregue com muita rapidez. E temos a capacidade de aprender a usar novos equipamentos. Mas precisa ser rápido", disse Zelensky • Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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”A artilharia não chegou, e isso faz com que os ucranianos estejam ainda em condições inferiores nesse combate. Os russos têm apoio por terra, mar — Ucrânia não tem mais marinha — e tem duas pontes sob o Estreito de Kerch que ajudam na logística russa”, disse à CNN o professor do Instituto de Estudos Estratégicos da UFF e pesquisador de Harvard, Vitelio Brustolin • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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O movimento russo pode também tentar “completar o cerco e tomar Odessa e Kherson”, localizadas no sul ucraniano, o que tiraria o acesso da Ucrânia ao mar. “90% dos países que não têm acesso ao mar são pobres”, observou Brustolin • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Soldados ucranianos na linha de frente no Donbass em 11 de abril de 2022 • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Soldados ucranianos na linha de frente no Donbass em 11 de abril de 2022 • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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“É por isso que é muito importante para nós não permitirmos que eles se mantenham firmes, porque esta batalha pode influenciar o curso de toda a guerra”, disse Zelensky sobre a batalha em Donbass • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Soldados ucranianos na linha de frente no Donbass, leste da Ucrânia, em 12de abril de 2022, disparando um projétil de artilharia • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Bunker ucraniano em Donbass • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Soldados ucranianos na linha de frente no Donbass em 11 de abril de 2022 • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Tanque na linha de frente no Donbass • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images