Ajuda militar para a Ucrânia não é provocação, diz secretário-geral da Otan
Jens Stoltenberg foi perguntado sobre o tema após declarações do papa Francisco
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse nesta quinta-feira (16) que a assistência militar da organização para a Ucrânia não é “uma provocação”, mas sim um apoio a um Estado independente.
Quando perguntado sobre as declarações do papa Francisco no início desta semana de que a guerra na Ucrânia “talvez tenha sido de alguma forma provocada ou não evitada”, Stoltenberg disse que a Otan é “uma aliança defensiva e a guerra é a guerra do presidente Putin”.
“Esta é uma guerra que ele decidiu conduzir contra uma nação independente e soberana, e o que a Otan vem fazendo há muitos anos é apoiar uma nação soberana e independente na Europa – a Ucrânia”, disse Stoltenberg em entrevista coletiva em Bruxelas após uma reunião com ministros da defesa de países membros da organização.
“Isso não é uma provocação, e é isso que continuamos a fazer”, disse ele. “O presidente Putin e Moscou são os responsáveis por essa agressão brutal contra um país independente”, acrescentou.
Na terça-feira (14), o jornal italiano La Stampa publicou as declarações do papa, nas quais ele disse que “não vemos todo o drama que está se desenrolando por trás dessa guerra, que talvez tenha sido de alguma forma provocada ou não impedida”.
Já na quarta-feira (15), o presidente dos Estados Unidos Joe Biden anunciou o envio de US$ 1 bilhão em assistência de segurança para a Ucrânia, incluindo o envio de novos equipamentos de artilharia e armas de defesa de costa, assim como munições e sistemas de foguetes.
O país também enviará US$ 225 milhões para projetos de assistência humanitária na Ucrânia, incluindo fornecimento de água potável, suprimentos médicos, comida, abrigos e dinheiro para famílias afetadas.
O ministro de Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytri Kuleba, agradeceu os Estados Unidos pela “assistência militar crucial”, e disse que o país precisa de mais doações de armas pesadas.