Agricultores franceses protestam pelo segundo dia seguido com bloqueios em estradas
A França é o maior produtor agrícola da União Europeia; trabalhadores reivindicam melhores condições de trabalho
Agricultores franceses realizam uma série de bloqueios em estradas por todo o país em protesto contra medidas consideradas excessivas impostas pelo governo e os baixos preços dos alimentos.
O setor afirma que não é pago de maneira suficiente e que existe uma regulamentação muito dura por parte da proteção ambiental.
Na sexta-feira (26), o primeiro-ministro, Gabriel Attal abandonou os planos de reduzir gradualmente os subsídios estatais ao diesel e anunciou outras medidas para diminuir as pressões financeiras e administrativas para os agricultores.
Mesmo após o anúncio de Attal, os agricultores seguem insatisfeitos e continuam bloqueando rodovias. Entre elas, uma estrada que liga Paris à Belgica.
A interrupção provocou longos engarrafamentos. Os sindicatos escolheram interditar estradas em Paris e nos arredores na tentativa de aumentar a pressão sobre o governo.
Manifestantes, inclusive, atearam fogo em lixo, para chamar atenção da população.
O maior sindicato da França, a FNSEA, disse que manteria os protestos e muitos manifestantes permaneceriam interditando estradas por todo país. Os atos afetam também o trânsito para quem tenta entrar na França por meio da Espanha.
Os manifestantes realizaram uma marcha silenciosa na cidade de Beauvais, no norte da França para prestar homenagens aos agricultores que morreram nos últimos anos devido às condições de trabalho.
A França é o maior produtor agrícola da União Europeia e protestos ocorrem em outros países do grupo como Alemanha e Polônia.
*Sob supervisão de Elizabeth Matravolgyi
